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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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8 de dezembro de 2008

Novos "BIXOS" - Sai o gabarito da prova de seleção do CTUR/UFRRJ

(Formandos de 2007 - Agropecuária Orgânica - Concomitância externa)

A partir de 05 de janeiro de 2009 serão divulgadas as notas das provas de seleção do Colégio Técnico da Universidade Rural (CTUR) que poderá ser também vista na internet.
Os candidatos poderão solicitar, na secretaria do colégio, no dia 06 de janeiro de 2009 das 08:00 às 11:30 horas e das 13:00 às 16:30 horas, revisão das notas das provas ou recontagem de pontos.
O candidato interessado na revisão das notas deverá preencher o requerimento próprio, devidamente justificado, disponível na secretaria do colégio. As notas finais poderão ser modificadas em decorrência da revisão, conforme consta do Edital.

A relação de classificados no Concurso será divulgada, a partir das 10:00 horas, no dia 09 de janeiro de 2009. O Edital para os que ainda não conhecem as regras do concurso está disponível em: http://www.ctur.ufrrj.br/Edital%202009.pdf

Vejam o gabarito oficial das provas dos dias 6 e 7 de 2008, disponivel em: http://www.ctur.ufrrj.br/concurso%201.htm

Boa sorte a todos e bem vindos a senzala!

16 de novembro de 2008

Anunciadas novas recomendações oficiais sobre bem-estar animal

"Pity" mamentando - Setor animal da FAGRAM - Campus Penha

Novas recomendações sobre práticas de bem-estar relacionadas ao manejo, dieta, instalações e transporte do animal de produção (bovinos, suínos e aves) foram divulgadas, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As medidas integram a Instrução Normativa nº 56, publicada no último dia 7 de novembro, no Diário Oficial da União.
Entre as orientações, destacam-se o cuidado com o manejo dos animais, desde o seu nascimento, e a importância de adequar o transporte para reduzir o estresse e evitar sofrimentos desnecessários.
Segundo a divulgação da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, a preocupação do Ministério é estar à frente das exigências dos padrões de criação dos animais e se ajustar a regras que são internacionais.
A instrução normativa estimula todo o setor produtivo a se adequar a essas regras, para que o produto brasileiro não sofra nenhuma restrição nos mercados mais exigentes. O próximo passo, será elaborar recomendações de procedimentos específicos para cada espécie animal, de acordo com sua finalidade produtiva e econômica
A secretaria informou ainda que o Brasil está avançado em termos de medidas adotadas para o bem-estar dos animais. De janeiro a novembro deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro já totalizaram US$ 71,5 bilhões. Desse montante, 30% é direcionado à União Européia, um dos mercados mais exigentes em boas práticas agropecuárias.
Cartilha - Para intensificar o processo de divulgação das novas recomendações, o Mapa está elaborando cartilhas que contém todas as medidas a serem adotadas pelos produtores. Ela será distribuída para orientar sobre o conteúdo da instrução normativa e mostrar a importância de seguir as recomendações sugeridas.
O produtor que adota normas de bem-estar tem benefícios como animais mais resistentes à doenças, maior qualidade e melhor imagem do produto, maior eficiência econômica e aumento das oportunidades de venda nos mercados interno e externo.



Confira a íntegra da Instrução Normativa nº 56




Fonte: MAPA

5 de novembro de 2008

CTUR - A Derrota dos representantes dos inimigos de Davi


“Há sempre ameaças rondando a liberdade que, por isso mesmo, precisa estar desperta. A libertação é um processo permanente de busca da liberdade que não é ponto de chegada, mas sempre de partida.” Paulo Freire, 1990.

No dia 22 de dezembro de 2007, na cerimônia de colação de grau, como orador de turma, iniciávamos o discurso de formatura da Turma 85 do Curso de Técnico em Agropecuária Orgânica – Colégio Técnico da UFRRJ, com as seguintes frases:


“Somos hoje aqui alunos de tudo, professores de nada e eternos aprendizes”.


“Desfaleçam-se as descrenças. Sintam-se vencidos os desafios”.


Quando fazia a leitura do discurso (que para muitos era um ato de indisciplina), fazia analogia, e nos classificávamos como soldados de Davi, pois, ali existiam verdadeiros representantes dos inimigos do povo de Israel, que lutaram incansavelmente para que nós não tivéssemos ali.
Os povos inimigos de Israel possuíam, como armas de guerra, carros puxados por cavalos e com foices nas rodas, carros esses que cortavam homens e ceifavam vidas como se corta a grama e se ceifa o trigo. Possuíam milhares de cavaleiros que, armados, poderiam pisotear e esmagar pobres israelitas para quem um simples escudo valeria de pouca coisa. Para nossa sorte, os representantes dos inimigos de Davi não tinham tantas armas e soldados, mesmo assim, se achavam poderosos, mais seu líder era fraco.
Nós os soldados, tínhamos a força de Deus e não desistimos da batalha e continuamos a luta e hoje saímos vitoriosos, com escudos simples, mais abençoados por Deus.
Desfalecidas as descrenças e os desafios vencidos, mesmo como ex-soldados, continuaremos sendo “alunos de tudo e eternos aprendizes”.
Com vitória esmagadora dos votos (mais de 72%) da comunidade Cturiana, parabenizamos o novo Diretor eleito para o Colégio Técnico da Universidade Rural do Rio de Janeiro, Professor Ricardo Albieri (Prof. Ricardinho) e equipe.
Desejamos que em sua administração, o CTUR seja um colégio referência de ensino técnico no Brasil e que seus alunos sejam respeitados.
Que sejam simplesmente alunos, e não “calças arriadas” como era o bordão oferecido a futuros profissionais na área agrícola.

20 de outubro de 2008

RAÇAS CAPRINAS PRODUTORAS DE LEITE


"Matusalém" - reprodutor Sannen do CTUR/UFRRJ
A cabra foi um dos primeiros animais a serem domesticados há cerca de 10.000 anos na Ásia ocidental, sendo mencionada mais de 150 vezes no velho testamento. Inúmeros povos como os gregos e romanos, incluíram a cabra em suas mitologias, permanecendo até os dias atuais como um dos símbolos do zodíaco (capricórnio é o 10º símbolo do zodíaco). As cabras leiteiras não são tão numerosas quanto o gado de leite, embora tenha se difundido por todo o planeta. Sua grande vantagem esta na sua fácil adaptação a diversas variações climáticas, a exigência de menor espaço além de uma alimentação menos especializada (quando comparada com o gado bovino), o resultado final é a produção de um leite de igual valor nutricional que o leite de vaca, mantendo algumas particularidades próprias.
Dentre tantas raças com aptidão leiteira, a Saanen é uma delas. Trata-se de um animal corpulento e elevada aptidão leiteira, considerada uma das melhores produtoras de leite. Sua produção após o parto pode chegar a 4 litros diários num período de lactação de 10 meses (com registros de até 10 litros diários). Sua pelagem é de cor clara tendendo para o branco-creme e de pêlo curto. Um outro atributo de grande relevância é sua capacidade de adaptação, apesar de não ser uma cabra de elevada rusticidade, habitua-se bem ao regime de pastoreio.
O Brasil dispõe de 15 milhões de cabeças de caprinos, concentradas principalmente na Região Nordeste do país. A produção leiteira cresce ano a ano e demonstra ser de grande interesse para alimentação humana, contribuindo na nutrição de camadas mais carentes, além de fomentar o surgimento de novos negócios ligado a agroindústria.
Tire aqui suas dúvidas e curiosidades no nosso blog, (link a baixo), sobre leite de cabra, processamento de queijos, elaboração de iogurte e muito mais...

Fonte: http://www.queijosnobrasil.com.br/

Foto de Patricia Pires - Disciplina: Médio animais - Manejo com caprinos no CTUR/UFRRJ/2005 - Turma 65

10 de outubro de 2008

CASTRAÇÃO DE SUÍNOS




A castração de suínos é uma técnica utilizada como prática de manejo. Os animais destinados a terminação podem ser castrados em qualquer idade, porém existem vantagens que favorecem a castração nas primeiras semanas de vida (de 7 a 10 dias de idade). Sendo a castração em nosso meio uma medida obrigatória no sistema de produção de suínos para o abate, busca-se uma técnica que seja simples e permita a continuidade do desenvolvimento do leitão.
No dia da castração, bem como durante o período de recuperação, não devem ser realizadas outras práticas de manejo tais como: everminação, vacinações, desmama, transferência para outras instalações. Essas práticas associadas a castração podem diminuir a resistência do leitão favorecendo o aparecimento de doenças.

Dentre os métodos de castração utilizados temos:

- A Castração escrotal, onde se realiza uma incisão sobre cada testículo, longitudinalmente, através do qual se exterioriza os mesmos. Após traciona-se de tal forma que o cordão espermático fique exposto e com o auxilio de material cortante, tais como: bisturi, gilete ou um canivete bem amolado, raspando até romper o testículo.

A castração dos leitões destinados a terminação pode ser realizada em qualquer idade, porém existem certas vantagens que favorecem a castração nas primeiras semanas de vida. Entre elas, citam-se:

· Os leitões estão confinados e são mais acessíveis;
· —Pouca mão-de-obra: uma pessoa para conter o leitão e outra para realizar a
castração;
· — Facilidade da operação;
· — Ocorrência de hemorragia é rara;
· — Cicatrização rápida e inexistência de risco ou complicação na operação;
· — Menor chance de ocorre infecção e, sobretudo, perdas totais por morte;
· — O estresse para o leitão é menor; e
· Quando morrer um leitão castrado nesta idade, a perda econômica é menor do que quando morrer um leitão mais velho.


Nesse manejo, antes devemos lavar as mãos e usar luvas.
Usa-se uma caixa de contenção com as medidas de 22 cm x 12 cm x 0,9cm, para facilitar o trabalho com o animal. Na hora da castração do animal, o local de incisão deve ser higienizado (lavado), com água e sabão e ser secado com papel toalha. Após a secagem faz-se a assepsia com álcool iodado.
Feito a castração, utilizar os produtos “ungüentoPlus” e pulverizar com “mata-bixeira”.
Anotar todo o manejo em ficha zootécnica, tais como: Número do animal, Peso, Idade do animal, Sexo e números de tetas (machos e fêmeas).



Fonte:

· Não foram utilizadas referências bibliográficas, o relatório foi baseado em aulas práticas no Setor Animal da FAGRAM, na disciplina Práticas em Zootecnia.
· Fotos ilustrativas, documentando as aulas.




15 de setembro de 2008

CODORNA AMERICANA - BOBWHITE, um ótimo negócio


Um passo importante para quem quer começar uma produção de pequenos animais é a escolha da espécie a ser criada e a que se destinará a criação, inclusive, analisando fatores importantes, tais como, a legislação, espaço disponível e principalmente, fazer as seguintes perguntas: Quanto posso investir? Posso começar agora? A resposta é não! Tendo em vista que ao iniciar qualquer tipo de negócio uma boa orientação técnica é o passo principal. Nossa experiência, não mal sucedida, mais “capenga”, diz tudo, tendo em vista que, nos faltaram justamente estas orientações.
Podemos afirmar que, somente leituras, compras de equipamentos e começar no “escuro” achando que é suficiente, são o caminho para um negócio mal sucedido. Aconselhamos visitar criatórios, mercado, legislação da região, além, é claro, da execução de um bom projeto com orientação técnica. Citamos por exemplo, a criação de animais considerados exóticos, como a Codorna Americana (Colinus virginianus), nossa experiência é com a Coturnix! Que existem milhares de criadores e produtores de matrizes, ficando mais fácil a sua criação, emboramente os grandes “granjeiros” faz com que muitos desistam da atividade. Para o iniciante, o caminho é ir devagar e não deixar o seu técnico fazer planejamentos mirabolantes
Para iniciar uma criação, alguns fatores devem ser levados em consideração. Em primeiro lugar, o técnico deve planejar quanto você quer produzir, para assim ter o número de aves necessárias para iniciar a criação. É importante também observar a localização do criatório; o tipo de galpão, telhado e piso; as gaiolas a serem usadas; os equipamentos como bebedouros e comedouros; e incubadora e nascedouros.
Como a codorna não choca seus próprios ovos, é preciso a utilização de galinhas garnizé ou de uma chocadeira artificial, não esquecendo que a alimentação, é o que mais pesa no seu projeto

A codorna americana (C. virginianus), conhecida por bobwhite, devido à sua voz ou seu grito, é originária do Leste dos Estados Unidos. Quando adulta, pode atinge até 500 gramas. Esta ave é uma excelente poedeira, podendo produzir 250 a 300 ovos por ano. Por ser muito saborosa e nutritiva, sua carne é muito apreciada, tendo grande aceitação, não só nos Estados Unidos, mas em muitos outros países, inclusive no Brasil. A comercialização dos ovos (in natura) é um pouco restrito, devido a sua falta de pigmentação.
A coturnicultura ou criação de codornas vem sendo considerada uma alternativa interessante para aumentar a renda do pequeno produtor rural.
Vá em frente e consulte um Técnico em agropecuária.

10 de setembro de 2008

MINHOCULTURA








(instalações com novos recursos ou simples, conforme ilustram as fotos)
As minhocas tem uma longa história associada ao ser humano. Os egípcios, na época dos faraós, associavam a terra fértil aos processos de inundação do Rio Nilo e as atividades das minhocas. As utilizavam inclusive em cerimônias culturais. As minhocas foram lembradas também por Aristóteles, que as chamou de “intestinos da terra”.
Mas muitas outras atividades são desenvolvidas com elas como a minhocultura, onde se transformam resíduos orgânicos em húmus, um adubo orgânico para hortas e jardins. Os pássaros, peixes e até alguns indígenas consomem as minhocas como alimento aproveitando os 70% de proteína existentes em sua composição. E os chineses as utilizam também para compor produtos farmacêuticos.

Objetivos da criação

A minhocultura é a única atividade agro-zootécnica que mensalmente dá ao produtor, colheitas de dois produtos: a minhoca (carne) propriamente dita e o seu humus. A minhoca é mundialmente criada com as finalidades seguintes: - Pesca, como isca; - Composição de farinhas protéicas para diversos fins; - Indústria farmacêutica para fabricação de medicamentos; - Agricultura, recuperação de solos áridos; - Transformação de resíduos orgânicos industriais, ecologia; - Transformação de restos orgânicos agrícolas, sobras de culturas; - Transformação de restos urbanos: esgoto e lixo; - Alimentação animal, (minhoca viva ou em ração) para: aves, rãs, peixes, camarão, suínos, eqüinos, bovinos, etc...; - Alimentação humana.
A minhocultra utiliza vermicompostagem, que é a utilização de minhocas no processamento de restos orgânicos (lixo doméstico, estercos, restos vegetais, etc.), transformando-os em adubo a ser utilizado no solo. O produto resultante é chamado de vermicomposto ou húmus de minhoca.
Por ser uma tecnologia de baixo custo, a vermicompostagem é adaptável à pequena produção. O interesse por essa técnica é observado tanto no meio rural quanto nas cidades, já que a atividade não exige muito espaço.
Espécies: Das 4 mil espécies de minhocas conhecidas, apenas 3 são cultivadas para fins comerciais.
a) Eisenia Foetida: Popularmente conhecida como “Vermelha da Califórnia”, a mais utilizada para iniciantes e pequenos produtores.
b) Lumbricus Rubellos: São encontradas nos montes de estercos.
c) Eudrilhos Eugeniae: Que é a “Gigante Africana”, que esta em alta moda e tem excelente aceitação
Reprodução: As minhocas são hermafroditas, ou seja, o mesmo individuo tem dois órgãos sexuais mas não se auto fecundam. Precisam de outro parceiro para se reproduzir. Ficam sexualmente maduras aos 40 dias de idade e reproduzem-se durante todo o ano. O acasalamento dura um período de uma a duas horas, as duas minhocas ficam fecundadas e põem de 1 a 20 ovos. A postura é feita de 5 em 5 dias, cada minhoca produz 500 filhotes por ano. E a capacidade reprodutiva dura a vida toda, tendo ela 10 anos de vida, o ovo fertilizado eclode com 28 dias.
Alimentação: a matéria-prima mais usada é o esterco bovino curtido “estrume”, porém deve ser de boa procedência e não apresentar contaminação pela presença de predadores; como também a de amônia, proveniente da urina de animais ou por resíduos de outros produtos.É aconselhável que o agricultor tenha sua própria matéria-prima.
Cobertura: o canteiro deve ser coberto por uma camada de 5 a 10cm de palha seca para manter a humidade e a escuridão, essenciais à criação de minhocas, que não podem receber luz solar.
Temperatura: a temperatura interna do canteiro ideal, para criação da espécie vermelha da Califórnia situa-se na faixa de 16º a 22ºC.
Humidade: a humidade do material deve ser em torno de 60%, mantidas através de regas em dias alternados.
Na minhocultura (criação de minhocas), vale a criatividade, com instalações simples e pouco investimento. Recomenda-se buscar informações em livros, sites, revistas, periódicos e visitar minhocários, além de consultar técnicos.

7 de agosto de 2008

MÍNIMAMENTE PROCESSADOS OU "PICADINHOS"

(Foto: Aula de Processamento de Produtos de Origem Vegetal - Professora Suzete Albieri - CTUR/UFFRJ)

Nos últimos anos, os consumidores estão mais preocupados quanto à escolha dos alimentos, como frutas e hortaliças, que são fundamentais na dieta alimentar. O consumo desses tipos de alimentos tem sido incrementado, em supermercados, quitandas e sacolões são cada vez mais comuns encontrar frutas e verduras já lavadas, higienizadas e embaladas, prontas para o consumo. Trata-se de produtos minimamente processados, que aliam conveniência e praticidade, conquistando a preferência do consumidor.
O processamento mínimo consiste em submeter hortaliças, verduras e frutos a uma ou mais alterações físicas, como lavagem, descascamento, fatiamento e corte, e em alguns casos a tratamentos químicos, tornando-os prontos para o consumo ou preparo. Após serem processados, os produtos devem apresentar atributos de qualidade, mantendo o máximo de suas características nutritivas e sensoriais, como o frescor, aroma, cor e sabor.
Técnicas aplicadas visam basicamente estender a vida útil dos alimentos, o que depende de uma série de fatores, como escolha da matéria-prima, cuidados de higiene e preparo final. Mas, ao contrário da maioria das técnicas de processamento de alimentos, que estabilizam a vida de prateleira dos produtos, o processamento mínimo pode aumentar sua perecibilidade. Em condições de temperatura ambiente, os produtos minimamente processados deterioram-se mais rapidamente, tendo em vista que os processos metabólicos e danos microbiológicos são mais acelerados.
A técnica de processamento mínimo é relativamente recente, tendo início por volta de 1990, devido à necessidade de se conservar os alimentos por tempo maior. Desde então, nota-se um crescimento tanto na pesquisa como na comercialização desses produtos, em função da demanda por produtos frescos.

No Brasil tem ocorrido aumento do consumo com os chamados “conveniência”, impulsionado por mudanças de perfil, principalmente pela jornada de trabalho feminino e o aumento de mão-de-obra nas grandes cidades.
O setor varejista tem percebido o aumento da demanda por frutas, legumes e hortaliças, e cada vez mais, especialistas vem buscando incrementar este gargalo comercial, fazendo com que “picadinhos” sejam o cartão de visitas das lojas, muitas vezes oferecendo como orgânicos.

Segundo a ABRAS, o setor movimenta mais de 9 bilhões de reais por ano no varejo, responsável por 8% a 12% do faturamento com pesquisas realizada pela entidade em 2005.
Os produtos pré-lavados e pré-processados em embalagens são tidos como uma forma de agregar valor ao produto pelo varejo, mais a denominação minimamente processado, pode no entanto, às vezes, está incorreta.
O produto minimamente processado obedecer as legislações existentes para garantir sua qualidade, assim como aplicar as normas da APPCC- Analise de Perigos e Pontos Críticos de Controle e Boas Praticas de Fabricação, dando origem a um alimento seguro.
Não fazemos aqui, críticas a determinadas empresas especialistas no mercado, mais o consumidor devem ficar atentos quanto ao que são oferecidos nos supermercados, que fazem seus “picadinhos” e põe a venda alimentos que na maioria das vezes não foram comercializados e tem seu aspecto “feio” e processam os produtos, para diminuir as perdas.
Nas feiras-livres e sacolões, a atenção deve ser redobrada, pois ofertam produtos já embalados, não tendo preocupação com a sanidade, principalmente com a qualidade da água, que pode ocasionar contaminação microbiológica no alimento.

3 de junho de 2008

Qualidade do leite - Instrução Normativa nº 51 de 2002

Deste de julho de 2007 entrou em vigor em todas as regiões do Brasil, a Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura. O documento vai estabelecer regras que define padrões para a qualidade do leite produzido no Brasil.
A Instrução Normativa 51, do Ministério da Agricultura, é o instrumento criado para normalizar a qualidade do leite cru e dos derivados lácteos. Através dela, busca-se a diminuição da carga bacteriana e das células somáticas, através do manejo correto, higiene e defesa sanitária animal preventiva.

A IN 51 visa atender ao Código de Defesa do Consumidor, exportar os excedentes de produção, nos estados, bem como em todo Brasil a lista dos exportadores e diminuir as importações de lácteos. Segundo os coordenadores estaduais, a implantação da IN 51, buscou manter estoques estratégicos do produto e gerar empregos, a novidade possibilitou ao produtor ter uma propriedade livre de brucelose, tuberculose e outras doenças.
Os agricultores também podem oferecer produtos diretamente aos consumidores, outro benefício é a possibilidade de agregar maior valor à produção. A indústria ganhar com um produto de padrão internacional e o produtor é o maior beneficiado.
A IN51 contém os regulamentos técnicos de produção, identidade e qualidade do leite dos tipos A, B e C, do leite pasteurizado e do leite cru refrigerado, bem como o regulamento técnico para coleta de leite cru refrigerado e seu transporte a granel.
Evidente que a implantação da IN51 em algumas regiões é um desafio a mais a ser enfrentado pelos pequenos produtores de leite, os quais precisam se organizar em associações e cooperativas para buscarem as informações e o capital necessários para adequação de suas propriedades às novas exigências, isto porque os produtores que produzem menos de 50 litros/dia não conseguem sequer adquirir o menor tanque de expansão disponível no mercado (200 litros), sem contar as inevitáveis reduções do custo por litro de leite que podem ser obtidas na aquisição de tanques maiores.

1 de maio de 2008

Abate humanitário

Sensurado

O abate de animais destinado ao consumo somente assumiu importância quando se observou que os manejos que se sucedem desde a propriedade rural até o abate do animal tinham grande influência na qualidade da carne.
Há décadas, o abate de animais era considerado uma operação tecnológica de baixo nível científico.
Abate humanitário não pode ser definido meramente como procedimentos técnicos e que garanta o bem-estar dos animais, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico, mais o mundo cientifico está atento.

Há critérios que definem um bom método de abate:

a) os animais não devem ser tratados com crueldade;
b) os animais não podem ser estressados desnecessariamente;
c) a sangria deve ser a mais rápida e completa possível;
d) as contusões na carcaça devem ser mínimas;
e) o método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para os operadores.

Os métodos convencionais de abate de bovinos envolvem a operação de insensibilização antes da sangria, com exceção dos abates realizados conforme os rituais judaicos ou islâmicos.
É dever moral, o respeito a todos os animais e evitar os sofrimentos inúteis àqueles destinados ao abate. Cada país deve estabelecer regulamentos em frigoríficos, com o objetivo de garantir condições para a proteção humanitária a diferentes espécies.
As etapas de transporte, descarga, descanso, movimentação, insensibilização e sangria dos animais são importantes para o processo de abate dos animais, devendo-se evitar todo o sofrimento desnecessário. O manejo nos frigoríficos é extremamente importante para a segurança dos operadores, qualidade da carne e bem-estar animal. As instalações dos matadouros-frigoríficos bem delineadas também minimizam os efeitos do estresse e melhoram as condições do abate.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 17 DE JANEIRO DE 2000

Portaria N.º 210, de 10/11/98, publicada no DOU de 26/11/98, republicada no DOU de 05/03/99, Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carnes de Aves, Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Brasil

16 de abril de 2008

Carne suína - Zoonoses

Alunos de Zootecnia na FAGRAM no preparo de ração com vermifugo no manejo de suínos


As Zoonoses são infecções e doenças que podem ser adquiridas em contato com animais de estimação como cachorro, gato e passarinho, ou ainda, pela ingestão de carne contaminada de animais como o gado ou o porco.
No caso do consumo de carne suína, onde animais são criados sem os manejos zootécnicos essenciais e obrigatórios, podem-se adquirir doenças tais como a cisticercose que é transmitida pela carne de porco. Animais abatidos e comercializados em feira-livre, por exemplo, onde não se sabe a origem e os manejos com tais animais.
O contágio da parasitose se dá da seguinte maneira: ao ingerir carne de porco mal cozida contaminada com cisticercos - a tênia na fase larval - o homem adquire a teníase. Isso porque, dentro do intestino humano, o cisto se desenvolve em um verme adulto, também conhecido como solitária.
Portanto, é extremamente necessário que o consumidor fique atento ao comprar alimentos em feiras-livres ou de comércio não autorizados por órgãos reguladores.
Mesmo para quem deseja implantar uma pequena produção, e inclusive comerciar produtos tais como carne de porco, é extremamente necessário consultar um técnico para as orientações, inclusive, para a devida orientação do calendário de vacinações.

29 de março de 2008

Opinião sobre a Agricultura familiar

Alunos em aulas de olericultura no CTUR/UFRRJ
(Foto: Valter Barbosa de Oliveira)


Opiniões inteligentes do passado, a verdade do presente e a realidade do futuro

...A agricultura familiar seria uma das opções.... As grandes capitais já não suportam mais tantas pessoas que se deslocam do interior em busca de melhor qualidade de vida e encontram situação pior do que a anterior: miséria, penúria, violência, preconceitos...Com o aumento do consumo humano de grãos, legumes, vegetais entre outros, a agricultura familiar poderia ser a solução da fome no Brasil, onde as famílias ao menos teriam seu próprio alimento, fresco e mais saudável. Para isso teria que haver um incentivo para o pequeno agricultor e a valorização do campo com escolas, hospitais e recreação sadia. O Brasil é um país extenso em terras produtivas, não faz sentido que grande parte de sua população venha passar fome nas capitais. É necessário haver também vontade política. E isso depende em muito da vontade da população votante e participativa. Segundo depoimento do jornalista Washington Novaes , "em uma década (1992 a 2002) mais de 3 milhões de empregos foram fechados na agricultura. E quem gera trabalho é a agricultura familiar e não o agronegócio". E, diga-se de passagem, empregos bem mais saudáveis, pois plantar é indiscutívelmente mais saudável do que matar.


Parte do texto de Nina Rosa - ONG Instituto Nina Rosa
Entrevista concedida ao AmbienteBrasil em 27/11/2005
Acessado 29/03/2008 no : http://www.institutoninarosa.org.br/

19 de março de 2008

Doença de Newcastle - Informe técnico

Alunos de Zootecnia na FAGRAM/RJ - aulas e práticas sobre prevenção da doença



A avicultura brasileira se traduziu em atividade de grande sucesso. A utilização de sistemas de planejamento, associados às novas tecnologias reflete-se no extraordinário crescimento da atividade. A produção brasileira de carne de aves ultrapassou a marca anual de 10 milhões de toneladas, em 2005. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores produtores de frango, sendo superado apenas por Estados Unidos e China.
Devido ao risco que constitui para a avicultura brasileira, a ocorrência da influenza aviária (IA) de alta patogenicidade e a doença de Newcastle e considerando:
• a importância que a atividade representa para o País, pela geração de benefícios sociais e econômicos;
• que a ocorrência dessas doenças, em um centro de produção avícola, representaria um risco à economia e incidiria de forma negativa nos níveis de consumo de proteína de qualidade e economicamente acessível para as populações;
• a necessidade de fortalecer os serviços de defesa sanitária animal e aumentar a
capacidade de prevenção, atuação e investigação, e;
• a importância de atualizar e harmonizar normas e procedimentos para a prevenção
da influenza aviária e a prevenção e controle da doença de Newcastle, tendo como
referência as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
a Coordenação de Sanidade Avícola, do Departamento de Saúde Animal, produziu este manual de procedimentos de atenção à suspeita e medidas de contenção de episódio de influenza aviária e doença de Newcastle, na tentativa de prover documento básico de referência às Superintendências Federais de Agricultura, Secretarias de Agricultura, órgãos de defesa sanitária animal, criadores de aves e público interessado em geral, sobre as ações a serem executadas pelo serviço oficial, como medida de prevenir ou impedir a disseminação dos agentes dessas doenças no plantel avícola nacional.

A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça.
A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus.
A DNC éconsiderada uma doença de distribuição mundial, com áreas onde é endêmica, ou com áreas/países considerados livres da doença.
Dependendo da virulência da cepa viral, pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sintomas são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves.
Testes de inoculação em pintos de 1 dia permitem caracterizar e classificar o vírus da doença de Newcastle em 5 patótipos. Por patótipo entende-se o grau de patogenicidade do vírus e, portanto, severidade da doença causada por determinada cepa do vírus. Cepas altamente patogênicas do VDN, pertencem aos patótipos denominados: 1) viscerotrópico e velogênico ou também conhecido como “forma de Doyle”, que causa doença severa e fatal, com alta mortalidade em galinhas, e os principais sintomas são apatia, diarréia esverdeada e lesões hemorrágicas, principalmente nos intestinos; 2) neurotrópico e velogênico ou “forma de Beach”, que provoca problemas respiratórios como espirros e corrimento nasal ou ruído dos pulmões, inchamento da cabeça e face, fraqueza, sintomas nervosos como torcicolo, paralisia das pernas e tremores musculares e finalmente ocorre mortalidade, que pode chegar até a 100% das aves; 3) outros patótipos já menos patogênicos são os vírus classificados como mesogênicos, ou “forma de Beaudette”, que podem causar apenas leves sintomas respiratórios nas aves, queda de postura em poedeiras e eventualmente podem ocorrer também sintomas nervosos, mas a mortalidade das aves é normalmente baixa e mais comum em aves jovens; 4) lentogênicos, ou “forma de Hittchner” são comumente usadas como cepas vacinais e podem causar sintomas respiratórios brandos em aves jovens, dependendo da cepa vacinal utilizada;5) há ainda um último tipo, não patogênico, conhecido como entérico assintomático, quenão causa sintomas ou lesões nas aves e também tem sido utilizado como cepa vacinal.
Portanto, nem todas as cepas do vírus de Newcastle causam doença. Na prática, para definir se um vírus é patogênico, também conhecido como vírus de Newcastle virulentos (vNDV), e portanto implicado em surtos da doença, são seguidas normas internacionais, que definem a metodologia e critérios para caracterizar o grau de patogenicidade do vírus isolado das aves.


Fonte:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Saúde Animal
Coordenação Geral de Combate às Doenças
Coordenação de Sanidade Avícola

23 de fevereiro de 2008

Modelo educacional de escola agrícola é reconhecido pelo MEC


Parabéns aos colegas do Colégio Estadual Agrícola Rei Alberto I em Friburgo, que elaboraram projeto e desenvolveram pesquisa sobre a técnica ideal para o cultivo do morango, que rendeu aos estudantes Wallace Schuenck de Freitas e Wilson Nogueira, o 3° Prêmio Ciências do Ensino Médio do MEC. Com apenas 18 anos, os jovens estudantes (produtores) comprovam que a linha pedagógica adotada pela escola só tende a gerar frutos. Atenta à vocação agrícola de municípios como Friburgo, Teresópolis e Sumidouro, a Secretaria de Estado de Educação do Estado mantém nove escolas no campo, aliando o ensino regular com o de técnicas como a fruticultura e piscicultura, entre outras.
O concurso avaliou projetos que contribuem para o desenvolvimento científico em diversas áreas do conhecimento. Wallace e Wilson Nogueira são autores do trabalho “Comparações de tratos culturais no cultivo do morango”, que nasceu da constatação de que a produção de morango no município é muito pequena, apesar de o solo ser propício. Filhos de agricultores, eles contaram com a ajuda de dois técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro (PESAGRO) para realizar as experiências.
Com a vitória dos alunos, aquela escola recebeu R$ 25 mil. Orgulhoso do desempenho dos estudantes, o diretor do colégio, Antônio Carlos Frossard, estuda como investir a verba em benefício dos 89 estudantes.
Os educadores daquela unidade escolar destacam ainda a importância das unidades escolares agrícolas para a educação pública.
Necessário se faz, que iniciativas como estas sejam modelos em todos os colégios que oferecem cursos semelhantes, que incentivem alunos a elaborar projetos e que coloquem em prática, que seus diretores não desviem as atenções com questões políticas internas, que venham inclusive, prejudicar ou retardar o desenvolvimento do aprendizado dos alunos.
Com comportamentos assim, deixam professores combalidos em suas iniciativas e alunos recém formados sem conteúdos Pedagógicos, prejudicando o ingresso no mercado de trabalho.
Acima, foto de colegas daquela instituição, em atividade. Parabéns a todos.

16 de fevereiro de 2008

OS CARRAPATOS


Encontra-se difundido por toda a Terra, tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerado hematófogo e um dos principais vetores de muitas doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, que transmitem doenças ao hoprincipais tipos de parasitismo:

Principais tipos de parasitismo:

Carrapatos de um hospedeiro, como o carrapato do boi Boophilus microplus, aderem ao hospedeiro quando ainda na fase de ninfa, alguns dias apos eclodirem dos ovos; apos iniciarem o parasitismo, crescem, realizam mudas chegando a fase adulta. As femeas produzem milhares de ovos que ficam armazenados no seu interior, dando-lhe o aspecto "ingurgitado", e caem ao solo para realizar a postura, morrendo em seguida;
Carrapatos de dois hospedeiros, em que os estagios de larva e ninfa ocorrem no mesmo hospedeiro, mas o estagio de adulto num hospedeiro diferente;
Carrapatos de tres hospedeiros, como o carrapato do cavalo Amblyomma cajennense: esses carrapatos caem ao solo para realizar as mudas, subindo em um novo hospedeiro em seguida


Danos ao hospedeiro


Pode causar danos de:


Natureza espoliativa - Quando extrai grande quantidade de sangue, quer pela sua quantidade, como pelo nível de infestação.
Ação tóxica - Causada pela saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;
Ação patogênica - Referente quanto à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por diversos agentes causadores de enfermidades, tais como vírus, riquetzias, etc.como consequência transmitirem ao picar diversas moléstias, como a febre maculosa entre tantas.

Fonte: Wikipédia

8 de fevereiro de 2008

Legislação e Regulamentos técnicos

Consultem periódicamente este site: http://www.agricultura.rj.gov.br/

REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RIISPOA/RJ - DECRETO Nº 38.757 de 21/01/2006


...Este Regulamento prescreve as regras para a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal, em todas as etapas e processos de produção, a serem aplicadas nas propriedades rurais, estabelecimentos industriais, meios de manipulação e de transporte, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, dispensada qualquer outra fiscalização industrial ou sanitária federal, estadual ou municipal.


... O regime de inspeção estadual, aplicável às propriedades e estabelecimentos de produtos de origem animal, compreende qualquer instalação ou local nos quais são recebidos, abatidos, industrializados, manipulados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados, com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, o mel e demais produtos apícolas, assim como os ingredientes utilizados na industrialização.


...Ficam sujeitos à inspeção estadual os bovídeos, eqüídeos, suínos, ovinos, caprinos, coelhos, aves, animais de caça, pescado, leite, ovo, mel e demais produtos apícolas, bem como seus derivados, subprodutos e resíduos em geral.
A inspeção abrange também os produtos afins, tais como coagulantes, condimentos, corantes, conservadores, antioxidantes, fermentos e outros usados nos estabelecimentos de produtos de origem animal.

Orientações sobre o consumo e compra de alimentos

- O aspecto, a cor, consistência, o sabor, o cheiro, as condições de acondicionamento do alimento. Fique atento também aos utensílios e a forma de manuseio da comida.
- Os congelados devem ser colocados por último no carrinho para que o descongelamento seja menor.
- No caso de produtos como queijo e presunto, verifique a data de validade da embalagem original, ou peça para que seja fatiado na hora.
- Verificar se a embalagem do produto não está amassada ou furada. Qualquer alteração deve ser informada à Vigilância Sanitária.


Devido a antigos hábitos e tradições, determinados artigos são mais consumidos no final do ano, sendo por esse motivo denominados artigos natalinos. Destes grande parte é classificada como perecível, isto é, necessita de estocagem a baixas temperaturas, de modo a minimizar as alterações de qualidade manifestadas principalmente pelo crescimento de bactérias, fungos e leveduras. Cita-se como exemplo de alimentos perecíveis as carnes bovinas, suínas, aves e também pescados. Semiperecíveis são os produtos que receberam algum tipo de tratamento específico como cura, salga ou defumação, sendo exemplos o bacalhau, presuntos defumados, queijos maturados e ainda alguns tipos de legumes e frutas. Os gêneros considerados não perecíveis podem ser estocados a temperatura ambiente, sem que ocorra crescimento microbiano em escala tal que implique na sua deterioração, sendo exemplos, os cereais, frutas secas ou desidratadas, grãos e conservas.
Fiquem atentos, pois no período carnaval, férias escolares, colônias de férias e em feriados prolongados, podem ser "estragados" com alimentos de prazos vencidos.
A foto acima publicada, são alimentos apreendidos.

30 de janeiro de 2008

Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade, qualidade, Coleta e Transporte de Leite INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002




Desde a Antiguidade, o leite tem sido utilizado como alimento pelo homem. Nos tempos atuais, seu consumo apresenta uma taxa de crescimento constante, principalmente de produtos derivados como iogurte, queijos, etc.
O leite é uma mistura de proteínas, carboidratos, gorduras, sais minerais e água. Tratando-se de um alimento altamente perecível e que depende de altos custos para sua conservação após produzido, o leite sempre representou um risco para o consumidor.

Após longas pesquisas foram desenvolvidos diversos métodos de conservação, como o leite condensado, a desidratação, a pasteurização e o processamento em diversos sub-produtos.


Durante o século XIX, o leite fresco era um alimento somente fornecido para as crianças. Após a constatação de seus benefícios, houve a difusão do produto para consumo de adultos. Os mais importantes avanços na utilização do leite ocorreram na metade do século XX com a descoberta da importância das vitaminas. Segundo Flandini e Montanari (1998), a partir deste momento o leite passou a ser um alimento dito como "perfeito" para todas as idades.

Com o desenvolvimento tecnológico, a cadeia produtiva do leite incluiu diversos métodos de produção, principalmente o da adição de substâncias promotoras de aumento de produção e produtividade. Um dos exemplos mais significativos é o fornecimento de antibióticos às vacas e que deixam resíduos no leite, representando prejuízos que afetam, ao mesmo tempo, o produtor, a indústria e o consumidor. Concluímos ao longo dos últimos anos que o uso de substâncias artificiais, por muitas vezes provocou a perda da qualidade no produto final.


Controle da qualidade


O controle da qualidade do leite inicia-se no processo de produção da fazenda: aquisição e manutenção de animais saudáveis e um manejo higiênico e sanitário adequados. Nas etapas seguintes de industrialização, distribuição e comercialização, são inúmeros os cuidados que devem ser tomados, devendo se fazer um esforço integrado e conjunto para garantir a qualidade do produto final.


Contaminação


A contaminação do leite pode ocorrer de várias maneiras: durante a ordenha, no processamento com equipamentos inadequados, devido à falta de limpeza e higiene dos recipientes, devido ao estado de saúde dos animais assim como várias outras formas. Alguns fatores como, por exemplo, o estado de saúde dos animais, irão atingir de forma direta o ser humano, podendo provocar doenças como a tuberculose, a brucelose e a leptospirose.



INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002


Fonte: Agrosuisse Ltda.Revista Balde Branco – Cooperativa Paulista de Leite _ SP 1998/1999.

Alimentos em Questão – Elizabeth Ferraz e Flávia Mori Machado.- 2001.


25 de janeiro de 2008

Novas regras para produção de orgânicos


A agricultura orgânica no Brasil passa a ter novos critérios para o funcionamento de todo o sistema de produção, desde a propriedade rural até o ponto de venda. As regras estão expressas no Decreto nº 6323, publicado no Diário Oficial da União (DOU). A legislação, que regulamenta a Lei nº 10.831/2003, inclui a produção, o armazenamento, a rotulagem, o transporte, a certificação, a comercialização e a fiscalização dos produtos. Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que, atualmente, existem 15 mil produtores que atuam com agricultura orgânica, em uma área estimada em 800 mil hectares. Técnicos e especialistas de entidades públicas e privadas participaram da elaboração do decreto. Segundo o Ministério da Agricultura, para facilitar a relação comercial com outros países, foram utilizadas como base as diretrizes do Codex Alimentarius para a produção orgânica, além de regulamentos já adotados no Japão, nos Estados Unidos e em países da União Européia. O Codex Alimentarius é um fórum internacional de normalização de alimentos estabelecido pela Organização das Nações Unidas e pela Organização Mundial de Saúde.O decreto cria o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, que será composto pelo Ministério da Agricultura, órgãos de fiscalização dos estados e organismos de avaliação da conformidade orgânica. A nova regulamentação permite também a produção paralela, na mesma propriedade, de produtos orgânicos e não-orgânicos, desde que haja uma separação do processo produtivo. Também não poderá haver contato com materiais e substâncias cujo uso não seja autorizado para a agricultura orgânica. Ainda segundo as novas regras, os agricultores familiares passam a receber autorização para a venda direta ao consumidor, desde que tenham cadastro junto ao órgão fiscalizador.


Fonte:Agência Brasil

21 de janeiro de 2008

Técnico em Agropecuária



O Curso de Técnico em Agropecuária visa contemplar a formação nas áreas agrícola e zootécnica, ou seja, produção vegetal e animal, procurando fomentar a proposta de interdisciplinaridade entre diversas áreas de conhecimento, além de preparar profissionais capazes de participar ativamente do processo organizacional e prático de empresas públicas ou privadas, através de formação integral nas áreas animal e vegetal. Este curso tem duração de dois ano e meio, com aulas presenciais, de curso integral, estruturados em três semestres seqüenciais e articulados, com média de 592 horas cada, mais um estágio supervisionado com 400 horas, garantindo, assim, a Certificação de Qualificação Profissional com o Diploma de Técnico em Agropecuária, com possibilidade de registro junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA. Salienta-se que, o funcionamento do campus em regime de internato e semi-internato ou de concomitância externa, possibilita condições para a continuidade de seus estudos, desenvolvendo atividades de aprendizagem e aperfeiçoamento.

Áreas de conhecimento:


> Fundamentos zootécnicos;
> Sanidade e nutrição animal;
> Manejo de criações animais;
> Gênese, morfologia e manejo de solos;
> Entomologia e fitopatologia;
> Manejo de culturas (lavoura de grãos, pomares, hortas, entre outras);


Atividades que podem ser desenvolvidas:


> Prestar assistência técnica no desenvolvimento de projetos tecnológicos agropecuários;
> Adquirir, preparar, transformar, conservar e armazenar matéria-prima e produtos agroindustriais;
> Desenvolver programas de nutrição e manejo alimentar em projetos zootécnicos;
> Planejar e acompanhar a execução de programas de melhoramento genético de animais, bem como métodos e programas de reprodução;
> Implantar e gerenciar sistemas de controle de qualidade e sanidade na produção agropecuária;
> Planejar, organizar e monitorar a exploração e o manejo do solo de acordo com suas características;
> Cultivar sistemas e plantios abertos ou protegidos;
> Produzir mudas (viveiros) e sementes;
> Planejamento de ações referentes aos tratos das culturas;
> Planejar e acompanhar a colheita e a pós-colheita;
> Elaborar projetos topográficos e de impacto ambiental;


Prestar assistência técnica e atuar na administração rural.


Áreas de atuação:
> Em institutos e empresas de pesquisa e desenvolvimento;
> Em empresas que prestam assessoria e acompanhamento agropecuário;
> Em empresas e indústrias que atuam no complexo agroindustrial;
>No desenvolvimento de empreendimentos zootécnicos e agrícolas próprios.
Perfil para o curso:
> Identificar-se com a leitura e pesquisa na área de ciências naturais e da terra;
>Identificar-se com o manejo de plantas e animais;
> Possuir habilidade manual para trabalhos específicos;
> Ter facilidade de comunicação oral e escrita;
> Estar familiarizado com o meio rural.

20 de janeiro de 2008

Agricultura Orgânica

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequëntemente usado para a produção de alimentos e produtos animais e vegetais, que não faz uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de alimentos convencionais.
A Instrução Normativa nº 007 de 17 de maio de 1997 dispõe das normas disciplinadoras para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade de produtos orgânicos, sejam de origem animal ou vegetal.