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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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29 de março de 2008

Opinião sobre a Agricultura familiar

Alunos em aulas de olericultura no CTUR/UFRRJ
(Foto: Valter Barbosa de Oliveira)


Opiniões inteligentes do passado, a verdade do presente e a realidade do futuro

...A agricultura familiar seria uma das opções.... As grandes capitais já não suportam mais tantas pessoas que se deslocam do interior em busca de melhor qualidade de vida e encontram situação pior do que a anterior: miséria, penúria, violência, preconceitos...Com o aumento do consumo humano de grãos, legumes, vegetais entre outros, a agricultura familiar poderia ser a solução da fome no Brasil, onde as famílias ao menos teriam seu próprio alimento, fresco e mais saudável. Para isso teria que haver um incentivo para o pequeno agricultor e a valorização do campo com escolas, hospitais e recreação sadia. O Brasil é um país extenso em terras produtivas, não faz sentido que grande parte de sua população venha passar fome nas capitais. É necessário haver também vontade política. E isso depende em muito da vontade da população votante e participativa. Segundo depoimento do jornalista Washington Novaes , "em uma década (1992 a 2002) mais de 3 milhões de empregos foram fechados na agricultura. E quem gera trabalho é a agricultura familiar e não o agronegócio". E, diga-se de passagem, empregos bem mais saudáveis, pois plantar é indiscutívelmente mais saudável do que matar.


Parte do texto de Nina Rosa - ONG Instituto Nina Rosa
Entrevista concedida ao AmbienteBrasil em 27/11/2005
Acessado 29/03/2008 no : http://www.institutoninarosa.org.br/

19 de março de 2008

Doença de Newcastle - Informe técnico

Alunos de Zootecnia na FAGRAM/RJ - aulas e práticas sobre prevenção da doença



A avicultura brasileira se traduziu em atividade de grande sucesso. A utilização de sistemas de planejamento, associados às novas tecnologias reflete-se no extraordinário crescimento da atividade. A produção brasileira de carne de aves ultrapassou a marca anual de 10 milhões de toneladas, em 2005. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores produtores de frango, sendo superado apenas por Estados Unidos e China.
Devido ao risco que constitui para a avicultura brasileira, a ocorrência da influenza aviária (IA) de alta patogenicidade e a doença de Newcastle e considerando:
• a importância que a atividade representa para o País, pela geração de benefícios sociais e econômicos;
• que a ocorrência dessas doenças, em um centro de produção avícola, representaria um risco à economia e incidiria de forma negativa nos níveis de consumo de proteína de qualidade e economicamente acessível para as populações;
• a necessidade de fortalecer os serviços de defesa sanitária animal e aumentar a
capacidade de prevenção, atuação e investigação, e;
• a importância de atualizar e harmonizar normas e procedimentos para a prevenção
da influenza aviária e a prevenção e controle da doença de Newcastle, tendo como
referência as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
a Coordenação de Sanidade Avícola, do Departamento de Saúde Animal, produziu este manual de procedimentos de atenção à suspeita e medidas de contenção de episódio de influenza aviária e doença de Newcastle, na tentativa de prover documento básico de referência às Superintendências Federais de Agricultura, Secretarias de Agricultura, órgãos de defesa sanitária animal, criadores de aves e público interessado em geral, sobre as ações a serem executadas pelo serviço oficial, como medida de prevenir ou impedir a disseminação dos agentes dessas doenças no plantel avícola nacional.

A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça.
A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus.
A DNC éconsiderada uma doença de distribuição mundial, com áreas onde é endêmica, ou com áreas/países considerados livres da doença.
Dependendo da virulência da cepa viral, pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sintomas são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves.
Testes de inoculação em pintos de 1 dia permitem caracterizar e classificar o vírus da doença de Newcastle em 5 patótipos. Por patótipo entende-se o grau de patogenicidade do vírus e, portanto, severidade da doença causada por determinada cepa do vírus. Cepas altamente patogênicas do VDN, pertencem aos patótipos denominados: 1) viscerotrópico e velogênico ou também conhecido como “forma de Doyle”, que causa doença severa e fatal, com alta mortalidade em galinhas, e os principais sintomas são apatia, diarréia esverdeada e lesões hemorrágicas, principalmente nos intestinos; 2) neurotrópico e velogênico ou “forma de Beach”, que provoca problemas respiratórios como espirros e corrimento nasal ou ruído dos pulmões, inchamento da cabeça e face, fraqueza, sintomas nervosos como torcicolo, paralisia das pernas e tremores musculares e finalmente ocorre mortalidade, que pode chegar até a 100% das aves; 3) outros patótipos já menos patogênicos são os vírus classificados como mesogênicos, ou “forma de Beaudette”, que podem causar apenas leves sintomas respiratórios nas aves, queda de postura em poedeiras e eventualmente podem ocorrer também sintomas nervosos, mas a mortalidade das aves é normalmente baixa e mais comum em aves jovens; 4) lentogênicos, ou “forma de Hittchner” são comumente usadas como cepas vacinais e podem causar sintomas respiratórios brandos em aves jovens, dependendo da cepa vacinal utilizada;5) há ainda um último tipo, não patogênico, conhecido como entérico assintomático, quenão causa sintomas ou lesões nas aves e também tem sido utilizado como cepa vacinal.
Portanto, nem todas as cepas do vírus de Newcastle causam doença. Na prática, para definir se um vírus é patogênico, também conhecido como vírus de Newcastle virulentos (vNDV), e portanto implicado em surtos da doença, são seguidas normas internacionais, que definem a metodologia e critérios para caracterizar o grau de patogenicidade do vírus isolado das aves.


Fonte:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Saúde Animal
Coordenação Geral de Combate às Doenças
Coordenação de Sanidade Avícola