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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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19 de março de 2008

Doença de Newcastle - Informe técnico

Alunos de Zootecnia na FAGRAM/RJ - aulas e práticas sobre prevenção da doença



A avicultura brasileira se traduziu em atividade de grande sucesso. A utilização de sistemas de planejamento, associados às novas tecnologias reflete-se no extraordinário crescimento da atividade. A produção brasileira de carne de aves ultrapassou a marca anual de 10 milhões de toneladas, em 2005. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores produtores de frango, sendo superado apenas por Estados Unidos e China.
Devido ao risco que constitui para a avicultura brasileira, a ocorrência da influenza aviária (IA) de alta patogenicidade e a doença de Newcastle e considerando:
• a importância que a atividade representa para o País, pela geração de benefícios sociais e econômicos;
• que a ocorrência dessas doenças, em um centro de produção avícola, representaria um risco à economia e incidiria de forma negativa nos níveis de consumo de proteína de qualidade e economicamente acessível para as populações;
• a necessidade de fortalecer os serviços de defesa sanitária animal e aumentar a
capacidade de prevenção, atuação e investigação, e;
• a importância de atualizar e harmonizar normas e procedimentos para a prevenção
da influenza aviária e a prevenção e controle da doença de Newcastle, tendo como
referência as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
a Coordenação de Sanidade Avícola, do Departamento de Saúde Animal, produziu este manual de procedimentos de atenção à suspeita e medidas de contenção de episódio de influenza aviária e doença de Newcastle, na tentativa de prover documento básico de referência às Superintendências Federais de Agricultura, Secretarias de Agricultura, órgãos de defesa sanitária animal, criadores de aves e público interessado em geral, sobre as ações a serem executadas pelo serviço oficial, como medida de prevenir ou impedir a disseminação dos agentes dessas doenças no plantel avícola nacional.

A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça.
A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus.
A DNC éconsiderada uma doença de distribuição mundial, com áreas onde é endêmica, ou com áreas/países considerados livres da doença.
Dependendo da virulência da cepa viral, pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sintomas são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves.
Testes de inoculação em pintos de 1 dia permitem caracterizar e classificar o vírus da doença de Newcastle em 5 patótipos. Por patótipo entende-se o grau de patogenicidade do vírus e, portanto, severidade da doença causada por determinada cepa do vírus. Cepas altamente patogênicas do VDN, pertencem aos patótipos denominados: 1) viscerotrópico e velogênico ou também conhecido como “forma de Doyle”, que causa doença severa e fatal, com alta mortalidade em galinhas, e os principais sintomas são apatia, diarréia esverdeada e lesões hemorrágicas, principalmente nos intestinos; 2) neurotrópico e velogênico ou “forma de Beach”, que provoca problemas respiratórios como espirros e corrimento nasal ou ruído dos pulmões, inchamento da cabeça e face, fraqueza, sintomas nervosos como torcicolo, paralisia das pernas e tremores musculares e finalmente ocorre mortalidade, que pode chegar até a 100% das aves; 3) outros patótipos já menos patogênicos são os vírus classificados como mesogênicos, ou “forma de Beaudette”, que podem causar apenas leves sintomas respiratórios nas aves, queda de postura em poedeiras e eventualmente podem ocorrer também sintomas nervosos, mas a mortalidade das aves é normalmente baixa e mais comum em aves jovens; 4) lentogênicos, ou “forma de Hittchner” são comumente usadas como cepas vacinais e podem causar sintomas respiratórios brandos em aves jovens, dependendo da cepa vacinal utilizada;5) há ainda um último tipo, não patogênico, conhecido como entérico assintomático, quenão causa sintomas ou lesões nas aves e também tem sido utilizado como cepa vacinal.
Portanto, nem todas as cepas do vírus de Newcastle causam doença. Na prática, para definir se um vírus é patogênico, também conhecido como vírus de Newcastle virulentos (vNDV), e portanto implicado em surtos da doença, são seguidas normas internacionais, que definem a metodologia e critérios para caracterizar o grau de patogenicidade do vírus isolado das aves.


Fonte:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Saúde Animal
Coordenação Geral de Combate às Doenças
Coordenação de Sanidade Avícola

Um comentário:

  1. E no Brasil como fica a situação sanitária dos criadores, se somos o terceiro maior produtor, como andam as normas de biossegurança e ambientais dos criadores.

    A pouco assisti um video que demonstram crueldade no manejo dessas aves.
    gostaria de saber mais

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