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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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28 de dezembro de 2009

Transparencia



Este Blog estar próximo de 30 mil visitas. Agradecemos aos nossos visitantes e aqueles que nos acompanham, no entanto, esses números não nos preocupam, diante de tantos outros blogs existentes e com conteúdos similares, até mesmo, com maior número de acessos, pois aumenta a nossa responsabilidade das próximas publicações. Outros Blogs surgiram, mais vistosos, bem organizados, com publicações diárias e com variados assuntos, talvez até com equipes e grupos formados para elaborar (escrever) os assuntos, mais que não tem conteúdos fixos e direcionados a estudantes, o público alvo. Não temos formação pedagógica, como já explicamos aqui em outra ocasião, a criação deste, era apenas por pensar que outros blogs e sites na internet não teriam conteúdos ou fontes seguras que pudessem ajudar estudantes e outros pesquisadores sobre a pecuária e agricultura, pois eram à base de nossa formação. Nossa intenção era atingir jovens estudantes das escolas técnicas, para que não tivessem as mesmas dificuldades que outrora tivemos quando estudante no CTUR/UFRRJ, pois naquela, época não encontrávamos na internet conteúdos seguros para pesquisar, que pudessem contribuir com nossos estudos ou que reforçasse os oferecidos pelos professores, através de apostilas e velhos retroprojetores com “transparências” (slides) ultrapassadas, ilegíveis pelo excesso de uso e desatualizados, que faziam as aulas ficarem exaustivas e chatas.

Nos sites, os que existiam nos ofereciam apenas a opção “copicola” (ctrl C e ctrl V) após cansativas e inúmeras pesquisas.
Em 20 de janeiro de 2008 fizemos a nossa primeira publicação, com “Agricultura Orgânica” e não esperávamos que chegasse a tanto, para nós um sucesso! Comparado com outros blogs em numero de acessos, seria insignificante pelo número de visitas, talvez se justificasse apenas por curiosidade, mais quando deparamos com alunos e pais de alunos a nos fazer consultas e comentários, ai a coisa mudou de figura. Passamos a ter mais cuidados nos conteúdos, publicamos apenas as nossas pesquisas e trabalhos estudantis baseados em livros e publicações científica, resumidos (textos e Power point), em pequenas abordagens e utilizando o slideshare.net  para facilitar nos dawlords.
Continuaremos a publicar as nossas pesquisas, não se esgotaram os assuntos, em janeiro de 2010 mudaremos apenas o layout. O intuito continua. Usar uma linguagem estudantil e em único espaço.
Nossa ultima publicação em Power point - “Evolução dos Equídeos”, está disponivem em: www.slideshare.net/joao1959/eqdeos




4 de agosto de 2009

Os Gansos - Origem e domesticaçao


Uma característica dos gansos selvagens é voar em formação "V", eles o fazem a uma velocidade 70% maior do que se estivessem sozinhos, trabalham como equipe. Quando estão no ápice do "V", o líder quando se cansa, retarda e passa para trás da formação e outro se adianta para assumir a ponta. Quando algum diminui a velocidade, os que vão atrás grasnam encorajando os que estão à frente.
Os Gansos têm uma considerável diversidade taxonômica. Todos os autores são categóricos ao descreverem em seus estudos a origem dessa espécie. É certo que a domesticação seja muita antiga, é fato também, que sejam conhecidos em tempos remotos e sua ocorrência descrevem da época em que os povos arianos viviam na Europa ou na Ásia e já eram conhecidos dos antigos egípcios (3.500 a.c), dos Gregos e Romanos (1.000 a.c).
Das espécies domésticas, segundo Julio Seabra e outros, incluem-se varias raças em diferentes partes do globo, muitas dos quais recebem nomes vulgares, tais como: Toulouse, Poitou, Embdem, Danúbio, Catalunha ou de Gambia, desses resultaram diversas variedades locais ou regionais. As raças consideradas econômicas e as mais criadas, são as de Toulouse, de Embden, a africana e a chinesa. Quanto às raças ornamentais, destacam-se os gansos do Egito, do Canadá ou Gravata e o Frisado.
Conheça sua origem e aspécie, disponivel em:

17 de julho de 2009

ORIGEM DOS PERUS


Comercialmente o Brasil já é apontado como um dos maiores produtores de perus do mundo, devido as suas condições de clima, solo, tecnologia e avanços em pesquisas zootécnicas. Todos os anos, quase 300 milhões de perus são abatidos na União Européia, cinco milhões dos quais em Portugal, sendo a época natalícia a de maior procura da carne destes animais.
Quanto à criação doméstica ou industrial, deve-se tomar a atenção devida, como nunca criar perus junto com galinhas, patos, gansos, marrecos ou próximas de galpões de qualquer outra ave, porque elas lhe podem transmitir várias doenças, inclusive a Entero-Hepatite, que é inflamação dos intestinos e do fígado, uma das mais graves doenças para os perus. São vários os problemas associados à criação intensiva destes animais e que, obviamente, têm conseqüências na qualidade da carne e na saúde de quem a consome. No Brasil, a legislação sanitária é mais rigorosa e o bem estar animal respeitado, ao contrário de alguns países.
No manejo comercial a reprodução natural é negada aos perus. São criados seletivamente para serem tão grande que a criação natural se tornou fisicamente impossível e toda a reprodução é feita através de inseminação artificial. Os perus recebem antibióticos e hormônios de crescimento por serem criados sob condições de superpopulação. Muitos perus comem rações pré fabricadas, que costumam conter restos processados de outras aves. Todos estes fatores afetam obviamente a saúde de quem consome estes animais.
A expectativa de vida natural de um peru é de cerca de 10 anos. Os perus de criação intensiva são mortos ao completarem de 12 a 26 semanas, dependendo do tamanho da ave produzida.
Vejam todo o conteúdo da "Origem dos Perus" disponivel em:

13 de julho de 2009

CTUR - SOB NOVA DIREÇÃO

É gratificante ver a alegria estampado no semblante de cada aluno e o prazer dos Professores o que vem ocorrendo naquele colégio. Sabemos que novos projetos estão sendo estudados e colocados em prática para a melhor capacitação dos alunos. Sem entrar em detalhes agora, vamos fazer uma visita pra conferir, que aliás será uma satisfação. Só para ilustrar o que vamos descrever aqui, é ver o funcionamento do Posto de vendas do Colégio, com variadas mercadorias da agropecuária de ótima qualidade, com a participação de alunos e o faturamento sendo prestado com transparência. Parabéns a nova direção e as Coordenações dos Cursos da Agropecuára Orgânica e Hotelaria, que afinal, agora caminham juntos.

31 de maio de 2009

Patos ou Marrecos ?












Os Patos (Cairina moschata) são aves ainda com característica selvagem, vivem em bandos que habitam rios, lagos e lagoas cercadas de vegetação. Os sexos são bem diferenciados, pelo tamanho mais avantajado do macho e por sua crista ao redor do bico mais volumosa, imperando o seu dimofismo. Voam em grandes bandos e usam as árvores para nidificar e dormir. Os filhotes são cuidados unicamente pela mãe, que os acompanha até que possam voar. Em seu habitat alimentam-se de folhagens, sementes, pequenos vermes e insetos. São presas constantes de felinos, raposas e aves de rapina. Muitas vezes até, confundido com o Marreco (Anas boschas), de origem asiática, que é menor e as vezes chamados de “pato comum”. O corpo dos patos é "achatado" e fica numa posição mais horizontal. O corpo dos marrecos é "cilíndrico" e assume uma posição mais empinada.
Segundo alguns autores, a distribuição geográfica ocorre desde o México e parte da America do Sul, como também na Europa, local onde foram, possivelmente, introduzidos e domesticados. No estado de conservação, não é uma espécie ameaçada em virtude do alto grau de domesticação de difusão dessa ave ao longo de vários países, contudo em estado selvagem é bastante raro, uma vez que são amplamente caçados e são vítimas do desmatamento. Para os índios norte-americanos significava o senso de guia e orientação em virtude da sua capacidade se locomover pelos céus e pelas águas. O pato é um dos poucos animais da natureza que pode andar, nadar e voar com razoável competência. É o único animal que consegue dormir com metade do cérebro e manter a outra em alerta. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade.
Várias raças de patos no Brasil são utilizadas em criações domésticas, popularmente conhecidos como caipira ou pato do mato, pato crioulo, o europeu moscovy e o gigante alemão, de cor branca. Há aqueles, com raças erroneamente classificada, que são protegidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e, por isso, precisam da autorização da instituição para a criação em cativeiro. Todos, porem, com características selvagens ou nativas da fauna brasileira, como o Cairina moschata puramente domesticado, preto com a parte de baixo da asa branca, carúncula negra e bico preto com risco branco, e o putrião com as costas verdes, peito branco com pontos pretos e bico coberto com uma carúncula parecida com um chifre de rinoceronte, que se enrijece em períodos de reprodução.
Sobre a origem dos Patos e Marrecos, todo o conteúdo está publicado em doc. no Slide Shaire, disponível em: http://www.slideshare.net/joao1959/uma-abordagem-sobre-a-origem-do-pato-e-do-marreco

Nossa proxima publicação, o Peru (Meleagris gallopavo).

21 de maio de 2009

CODORNA - (Coturnix coturnix)

Há complexidade com abundancia de informações e taxonomia confusa sobre essas aves, descrita pela primeira vez por Linnaeus em seu Systema Naturae, em 1758 como Tetrao coturnix. No entanto, muitos foram os estudos, para melhor entender as aves que ali foram surgindo, seguindo a taxonomia cientifica de Linnaeus, sendo organizados, por Classe, Ordem, Família, Subfamília, Gênero, Espécies e Subespécies.
Comumente algumas aves chamadas de codorna, são aves da ordem dos Galliformes, no entanto, algumas espécies do grupo dos Tinamiformes também são popularmente chamadas por esse nome, A ordem Tinamiformes é representada por uma única família, a Tinamidae, que são aves de aparência galinácea, representante de um dos mais antigos grupos de aves do continente americano, com registros fósseis procedendo do Mioceno da Argentina, com 47 espécies, divididos em 9 gêneros, a maioria conhecidos, como codornas ou Inhambus, ou ainda, como exemplo a Codorna-comum (Nothura maculosa) encontradas no Brasil. Entretanto, é necessário não confundir este grupo com a verdadeira codorna, explorada comercialmente (Coturnix coturnix) que é um membro da ordem dos Galliformes. Disponívem em: http://www.slideshare.net/joao1959/origem-das-codornas, em doc.
Em nossa série, sobre "Avicultura", a próxima publicação será o PATO (Cairina moschata).

18 de maio de 2009

Origem das codornas


Relatos e estudos afirmam que muitas aves se extinguiram antes mesmo que pudessem ser estudadas pela ciência. Hipoteses e citações das que puderam ser estudadas, por restos completamente fossializados (subfóssil), afirmam que muitas poderiam conter materiais orgânicos suficientes para análises moleculares, afim de prover pistas adicionais para resolver suas relações taxonômicas.
Em nossas leituras, notamos que autores de estudos das extinções, são categoricos em afimar as coincidencias com a expansão do homem (Homo sapiens), em muitos casos (mas não em todos) fatores antropogênicos podem ter tido papel crucial em suas extinções, seja pela caça (cinegética), alterações de habitats, ou até mesmo, por introdução de predadores.O grande número dessas espécies são de ilhas oceânicas, especialmente na Polinésia. Nos táxons de aves, por exemplo, evoluíram em ilhas oceânicas e que eram geralmente mais vulneráveis á caça ou predação por mamiferos – animais comumente introduzido por humanos. Muitas dessas aves, evoluíram em um ambiente, pela ausencia desses mamíferos e que muitas perderam a capacidade de vôo.
Há uma lista dos táxons que se extinguiram no final do Quaternário – Holoceno e final do Pleistoceno - , antes do período global de exploração científica que iniciou-se a partir de 1500 d.C. Mais precisamente, suas extinções coincidem com a expansão e evolução do homem , entre 40.000 a.C. e 1500 d.C. Dessa lista, por exemplo, é citado um fóssil da espécie do Oligoceno - Late Miocene do suldoeste da Europa Central que foi descrito como Coturnix gallica. Outro, Coturnix donnezani, foi generalizada no Plioceno antecipada para Early Pleistoceno Europa e a Coturnix gomerae (pré histórico), que não conseguimos localizar citações e estudos de sua origem.
O Professor Octavio Domingues (1968), em Introdução á Zootecnia, relata que o homem mantem em domesticidade em número de onze, as aves domésticas, dentre as quais a galinha (Gallus domesticus Auct.), que sobressaiu dentre as demais aves, pela sua importância e extrema disseminação.
Pela complexidade e abundancia de informações sobre os Galliformes, muitos das quais, não oferecem fontes seguras e não foram autorizados por seus autores, pararemos por aqui.
Da nossa série, prometida, a proxima será um sucinto relato da Origem das Codornas. Incluindo o manejo das especies domesticas, que estará disponivel em doc. e p.p.t, no http://www.slideshare.net/joao1959

14 de maio de 2009

Silvestre, exótico ou doméstico, qual a diferença?


Conforme prometemos, a série de nossas publicações sobre galináceos, devemos antes de tudo, orientar sobre as frequentes dúvidas por estudantes, amantes de animais e até mesmo técnicos da área de agropecuária. Pois muitas das vezes, nos deparamos com pessoas que não sabem diferenciar, e principalmente sobre comercialização, manejo e domesticação de animais, pois muitos podem está protegidos e incluídos na lei de crimes ambientais.
Qual a diferença entre um animal silvestre, um animal exótico, um animal doméstico?

I - Animal Silvestre: são aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas jurisdicionais.
Exemplos: mico, morcego, quati, onça, tamanduá, ema, papagaio, arara, canário-da-terra, tico-tico, galo-da-campina, teiú, jibóia, jacaré, jabuti, tartaruga-da-amazônia, abelha sem ferrão, vespa, borboleta, aranha e outros cujo acesso, uso e comércio são controlados pelo IBAMA.

II - Animal exótico: são aqueles cuja a distribuição geográfica não inclui o Território Brasileiro. As espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas, em estado selvagem, também são consideradas exóticas. Outras espécies consideradas exóticas são aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas jurisdicionais e que tenham entrado expontaneamente em Território Brasileiro;
Exemplos: leão, zebra, elefante, urso, ferret, lebre-européia, javali, crocodilo-do-nilo, naja, piton, esquilo-da-mongólia, tartatuga-japonesa, tartaruga-mordedora, tartaruga-tigre-d'água, cacatua, arara-da-patagônia, escorpião-do-Nilo, entre outros;

III - Animal doméstico: são aqueles animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico tornaram-se domésticas, possuindo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência diferente da espécie silvestre que os originou.
Exemplos: gato, cachorro, cavalo, vaca, búfalo, porco, galinha, pato, marreco, peru, avestruz, codorna-chinesa, perdiz-chucar, canário-belga, periquito-australiano, abelha-européia, escargot, manon, mandarim, agapornis, entre outros.

Os itens citados, estão disponível em: http://www.ibama.gov.br/fauna/animais.htm, é preciso conhecer o que preceitua a legislação e para os que pretendem entrar no ramo comercial ou doméstico devem buscar orientação ao um técnico especializado ou fontes especializadas.
Vejam a Relação de animais considerados domésticos, de produção ou sinantrópicos pelo IBAMA para fins de operacionalização de suas ações, disponível em:
Sobre o manejo na criação de Faisão, disponível em:

9 de maio de 2009

Avicultura - Aves Exóticas


 O ramo de atividade que se dedica à criação de aves (galinhas, codornas, patos, perus, faisões, marrecos, cisnes, gansos, pavões, etc.) denomina-se avicultura. Constitui hoje uma técnica muito complexa, dada a maneira muito científica como se procede à criação, tanto intensiva ou semi-intensiva. Criações domésticas e lazer podem ser isentas das legislações, emboramente, não podemos esquecer as questões sanitárias, principalmente em áreas urbanas onde a legislação deve ser obedecida. A criação de galinha é, sem dúvida, a que está mais especializada e, por isso, a que é efetuada com mais rigor; pode dedicar-se à produção de ovos ou à produção de carne em grande escala, com investimentos maiores.
Nos sistemas mais evoluídos de produção, quer de ovos, quer de carne, a criação é exercida por empresas inteiramente especializadas, constituindo uma verdadeira indústria com todos os seus requisitos e aparatos industriais. Assim, certas empresas encarregam-se de manter os núcleos selecionados dos progenitores, procedem à incubação dos ovos e vendem os chamados pintos do dia; compete-lhes selecionar bem as aves progenitoras (matrizes), para poderem garantir boas produções a partir dos pintos que vendem. No Brasil, a avicultura atingiu elevado grau de desenvolvimento, exportando milhares de toneladas. Nas áreas rurais, onde a agricultura familiar e de subsistência, incluem criações de aves, com instalações simples, que contribuem com um percentual considerável na questão comercial, pois, rolam receitas em suas regiões, tais como: compra de rações, medicamentos, equipamentos diversos e de assistência técnica.
Para os que incluem em suas criações ou que pretende iniciar, a aves consideradas exóticas ou ornamentais é sempre importante salientar que estão sujeitas a legislação específica e sob a fiscalização do IBAMA, órgão ao qual compete autorizar as criação e comercialização, por isso todos os interessados devem solicitar autorização daquele órgão federal, é o melhor caminho para atingir seus objetivos e não ter problemas com a lei, um dos caminhos é filiando-se a um clube de criadores, ou preferencialmente, as federações de abrangência nacional ou até mesmo cooperativas.
Dessas, uma das mais atrativas, sem duvidas, é a criação de Faisão (Phasianus colchicus L.), por sua beleza na plumagem e seu alto valor comercial, tanto para abate (pela apreciação do sabor da carne), tanto para exposições. Das 49 espécies de faisões, das quais 46 são criadas em cativeiro e mais de 165 variedades, o Faisão dourado é o mais adorado, por sua imponência nas cores e sua característica, pois muitos o apelidam de Faraó.
E conforme o prometido faremos aqui no Blog, publicações de pesquisas e indicativos técnicos no manejo de diversas atividades da Agropecuária, assuntos destinados a estudantes, técnicos e curiosos. Faremos uma série somente com galináceos e o primeiro será o Faisão, que está disponível em:
www.slideshare.net/joao1959/faiso

6 de maio de 2009

www.bibliotecavelha.com.br e as novas tecnologias do ensino

Em 15 de janeiro de 2008, iniciávamos uma tarefa que jamais pudesse imaginar que fosse tão longe, a de montar um Blog (Site), e sinceramente, não é fácil, diante de tantos conteúdos inúteis que rolam na internet. Naquela época, tínhamos dificuldades para pesquisar assuntos da agropecuária (conteúdos técnicos), das poucas informações que encontrávamos não eram de fontes seguras, a não ser de sites oficiais, como por exemplo, os do MAPA e EMBRAPA.Explicando melhor, em 2005 éramos alunos iniciantes (bixos) do CTUR/UFRRJ, no curso para a formação de Técnicos em Agropecuária (nível médio) e diante dos conteúdos técnicos dados pelos professores em aulas, eram grandes as dificuldades para se ter acesso a literaturas ou artigos atualizados nas bibliotecas, ficavamos restritos a apostilas e escritos na lousa, bem como, a boa vontade e atenção dos nossos mestres, além de não poder comprar livros com as literaturas especificas. Pior ainda,  a tecnologia estava sempre presente, pois notávamos que as provas e as apostilas eram sempre num tal de “Word”; os trabalhos e os seminários eram sempre num tal “Power Point”. Ora, sou do tempo das sabatinas e trabalhos no papel almaço e cartolinas com figuras recortadas e coladas, afinal tinha mais de 25 anos sem estudar, conclusão, estava totalmente fora de “órbita tecnológica”, internet era um bicho de "14 cabeças", pois no máximo que podia fazer era usar uma boa e velha Remington (retrocedendo a fita com o dedo), datilografava e pronto, tava feito o trabalho.

Voltando ao assunto. A falta de tecnologia não era o problema, e sim, os conteúdos que eram difíceis de aprimorar, e ai, vieram às dificuldades, tínhamos que aprender a usar o PC, navegar na internet, confiar nos conteúdos publicados e suspeitar das autorias.
Amadurecendo nossas idéias e aprendendo mais e mais, percebemos que a divulgação dos conteúdos aprendidos daria uma humilde contribuição, afinal, existem ainda, aqueles com as mesmas dificuldades, a de informações ou troca delas.
Nosso Blog foi visitado mais de 10 mil vezes, em países da Europa, como Portugal, Espanha, Alemanha e Canadá; países da África, como, Cabo Verde e Angola; América do Sul, como Argentina e Equador e até da Ásia, como o Japão, dentre outros e principalmente no Brasil (em todas as regiões), através do GEOVISITE e desde, a primeira publicação em 20 de janeiro de 2008, com Agricultura orgânica, e com mais publicações de manifestos, agradecimentos, criticas e informes técnicos. Sentimos o peso da responsabilidade, e vamos agora, além de novas publicações, reformular e divulgar nossos trabalhos e pesquisas (em Power Point) no slideshare.net.
Para ter acesso as minhas publicações em p.p.t e se preferir fazer downloads, basta acessar: www.slideshare.net/joao1959 e ainda, mais de 8 milhões de trabalhos ( em quase todos os países e linguas) publicados, em vídeos e Power Point, que muito contribuirá com estudantes, técnicos, criticos e curiosos.

28 de abril de 2009

Irrigação e Drenagem: Recursos hídricos

 Durante muitos anos, a maior preocupação da agricultura irrigada no Brasil estava ligada à disponibilidade de água para a irrigação, ou seja, com a quantidade deste recurso.
Quando aluno do Colégio Técnico da UFRRJ (Rural), nas aulas de irrigação e drenagem, o Professor Luiz Carlos Estrella, nos chamava a atenção sobre os recursos hídricos. Dizia ele que, “a área irrigada no Brasil ainda é irrisória. Todavia, as possibilidades de sucesso dessas práticas são incontestáveis, não só na região semi-árida do nordeste, onde o problema da escassez de água já foi em parte resolvido, como também, no restante do país, face às grandes disponibilidades hídricas das inúmeras bacias hidrográficas existentes”. E brincava conosco, dizendo, “água para a lavoura, deve ser melhor ou igual a que bebemos” e “o homem é produto do que come, se come mal, vive mal, se come bem, vive bem” e com água não se podia pensar diferente.
Em suas aulas práticas, (que era um fator limitante, pois não tinham todos os materiais para aulas práticas), mais procurava demonstrar a sua importância, com o advento de novas tecnologias e sistemas de irrigação, em especial os de irrigação localizada (gotejamento e microaspersão), a qualidade da água passou a ser, em muitas regiões do País, o fator importante para a implantação de novos projetos de irrigação, principalmente quando se falava da agricultura orgânica.
Com o abastecimento doméstico e as indústrias possuindo prioridades de uso deste recurso, garantidos pela Constituição brasileira, as fontes de melhor qualidade são destinadas aos dois segmentos, restando para a agricultura irrigada o consumo de águas de pior qualidade.
O Professor Estrella, sempre insistia para que nós, (alunos) procurassem entender as causas e fatores do progresso da irrigação no Brasil, dentre elas: a Imprevidência do homem rural; Exigência de capital para planejamento e execução de projetos; Necessidade de pré-aplicação de insumos básicos; Baixo grau de instrução do homem rural e principalmente, pela falta de instrução técnica, especializada em irrigação dos profissionais em agricultura. Nós como técnicos, que ele contribuiu na formação, deveríamos principalmente obedecer às normas da legislação de uso dos recursos hídricos no Brasil, não esquecendo que um bom projeto e a criatividade podem imperar na hora de elaboração. Estrella, era categórico, insistia, para que não esquecessemos nunca, os recursos hídricos como: Água como bem econômico, Fator gerador de riquezas, Água como bem social e Direitos humanos.
Hoje, sabemos da complexidade e a riqueza de informações dessa matéria e que mesmo com toda tecnologia, devemos sempre saber a necessidade de se levar em consideração os fatores ligados ao Clima, a Cultura, ao Solo e ao Manancial, tendo como objetivo de responder: Como, quando e quanto podemos irrigar.
Professor Luiz Carlos Estrella Sarmento - Novo Coordenador do Curso de Técnico em Agropecuária do CTUR/UFRRJ) e Alunos

30 de março de 2009

CTUR – Professor Ricardinho. Ao mestre com carinho!

Rousseau formulou princípios educacionais que permanecem até nossos dias, enquanto afirmava: “Que a verdadeira finalidade da educação era ensinar a criança a viver e a aprender a exercer a liberdade”. Para ele, “a criança não é educada para Deus, nem para a vida em sociedade, mas sim, para si mesmo. Viver é o que eu desejo ensinar-lhe. Quando sair das minhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, ele será, antes de tudo, um homem".Para Paulo Freire a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgiria como prática da liberdade. Freire dizia ainda, “Mudar é difícil, mas é possível”Todos nós sabemos que a educação regular brasileira não é das melhores. Talvez, esteja até entre as piores. Nas escolas técnicas, a realidade pode ser um pouco diferente. Hoje o estudante corre para uma escola técnica porque sabe que o ensino é de qualidade, principalmente nas escolas federais, como por exemplo, o CTUR/UFFRJ. Ele se forma, mas faz vestibular para outra área.
Algumas pesquisas afirmam que apenas 15% dos alunos que adquiriram formação técnica, estão no mercado de trabalho na área em que são formados. Porque será? Não temos capacidade e formação para fazer tal análise, o que podemos sim, é afirmar, que muitos profissionais da educação técnica, vem superando deficiências de ensino profissionalizante, tais como, materiais para aulas práticas, sucateamento de equipamentos, desmandos administrativos, desvios de verbas, prejudicando cidadãos que vão à busca de uma profissionalização e esbarram nesses desmandos. Para os jovens, o futuro pode responder. E para os considerados “velhos” para o mercado de trabalho? Ou mostram capacidades ou vão amarrotar um belo pijama em cadeira de balanço, com uma aposentadoria ínfima. Quando procuram uma formação é porque querem melhorar o seu perfil profissional ou simplesmente buscar o que outrora lhe faltou. E tais desmandos e falta de profissionalismo podem atrapalhar ou apagar esse sonho.
Certamente, as deficiências, desmandos, desvios, desonestidades, não foram páreos para o bom profissional, que superou tudo para mostrar o seu valor, procurando capacitar, mesmo com essas “intempéries”, novos profissionais, jovens e “velhos". Tratando todos com carinho, respeito e sem distinção, e mostrando a sua capacidade de ensinar, mesmo com todas aquelas intempéries. Aprendemos a arar, gradear, adubar e encanteirar, com ele, com uma máquina simples, a da sabedoria.
É certo que todos sabem que existem profissionais que formam profissionais, mais que poucas pessoas sabem, é que existem aqueles que dão lição de vida também. E isso eu vivi, convivi e aprendi com eles, a superar aquelas “intempéries” do campo da vida, mesmo sendo um velho aprendiz.
Sendo medo de citar o seu nome, e não melindrar, os que contribuiram na minha formação, desejo sorte e sucesso para o Professor Mestre Ricardo Crivano Albiere, novo Diretor do Colégio Técnico (CTUR). E lembrar sempre o que Freire afirmou: Mudar é difícil, mas é possível”. Portanto, ao mestre com carinho.

Foto: A esquerda, Professor Ricardinho

17 de março de 2009

CTUR – Fazendinha Agroecológica



Foto ilustrativa de Folder: Alunos do Ctur na Fazendinha
Localizada no município de Seropédica (Estrada Rio São Paulo, Km 47) no Estado do Rio de Janeiro, a Fazendinha Agroecológica, inicialmente projetada em 1993 com 59 hectares, destinada ao exercício da agroecologia. O projeto criado envolvia parceira entre a EMBRAPA Agrobiologia, EMBRAPA Solos, UFRRJ e PESAGRO-RIO, a estratégia era procurar dar sustentabilidade e estabilização à atividade produtiva no meio rural, buscando a exploração racional das potencialidades locais.
Fundamentalmente, a idéia era buscar nesse projeto um espaço motivador de pesquisas e do exercício da agroecologia, as ações teriam, além da produção, um espaço amplo, que acumularia experiência de manejo do sistema orgânico com ações de pesquisas, ensinos e capacitação profissional, que estimularia estudantes de diversos níveis. Atualmente a Fazendinha Agroecologica ocupa 70 hectares, dividida em: área de preservação permanente, composta de horto florestal, área de manejo agroflorestal visando à produção de frutas; pastagem subdivida em piquetes; lavouras subdivididas em glebas de produções.
Todos esses informes são fáceis de serem adquiridos, bastam acessar a internet e buscar no Site: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/artigos/fazendinha.html, mais não se ver nenhum informe de atividades sobre o que realmente vem se fazendo por lá.
A UFRuralRJ tem um Colégio Técnico (CTUR), que dizem fazer parte dessa parceria, mais o que não se viu nesses últimos quatros anos, foram atividades que envolvessem alunos do CTUR em pesquisas ou projetos que pudessem melhor capacitar seus alunos no decorrer do Curso em Agropecuária Orgânica, além de aulas simples de conhecimento e andando a pé por mais de 3 km (indo e vindo) em direção a Fazendinha e sendo chamados de “calças arriadas”. No período 2005/2008 foi assim, logicamente, e sendo justo, muito se aprendeu nesse período, graças aos grandes esforços dos professores que ainda estão por lá, através do espaço físico que tem o CTUR, com seu campo agrostológico (com mais de 100 espécies de forrageiras), horta, casa de vegetação e um imenso pasto (pouco explorado), alguns animais e um posto de venda que alunos não participavam (e agora fechado, não se sabe por quê!), emboramente produzindo alguns produtos olerícolas.
Alegra-nos ver outra instituição envolvida em projetos de capacitação como divulgou no nosso blog em 23 de fevereiro de 2008:
Temos certeza que a nova Diretoria eleita do CTUR, não deixará além de melhor capacitar seus alunos em seu próprio espaço, e que a Fazendinha Agroecologica, não seja apenas um espaço para passeios cansativos, desinteressante e perda de tempo, como aconteceu com essa ultima gestão, que infelizmente estávamos lá, como alunos.




6 de março de 2009

O velho agronegócio, o que há de novo?

Foto: Aluno monitor e o Professor Josué de Castro (a direita) - CTUR/UFRRJ - Interagindo na colheita de forrageira para estudos

O poder de influência do agronegócio é tão grande que pode afetar também intelectuais?
Os que reproduzem assuntos e lutas ideológicas nos meios universitários e dos colégios técnicos podem ser discutidos de forma equivalente? Um discute o assunto de maneira cientifica, por ser de nível superior, abrangendo pesquisas e outros meios de estudos, o outro, apresenta aquilo que já está em pratica, até mesmo para que facilite o entendimento profissional e o ingresso de atores envolvidos (alunos) no mercado de trabalho, já existente. Alguns intelectuais defendem a idéia que a saída para a pequena agricultura seria também entrar no agronegócio. Alguns copiaram mal essa idéia e chegam chamar de "agronegocinho", na verdade não entendem nada do assunto. Não percebem que, de fato, há uma luta entre dois modos de organizar a produção agrícola em nossa sociedade.
Será que agronegócio seriam aquelas fazendas modernas, que utilizam grandes extensões de terra e se dedicam à monocultura, que se especializam num só produto, com alta tecnologia, mecanização - às vezes irrigação - pouca mão-de-obra? E por isso, falam com orgulho que conseguem alta produtividade?
Na maior parte dos casos, a produção é para a exportação. Em especial, cana-de-açúcar, café, algodão, soja, laranja, cacau, além da pecuária intensiva. Esse tipo de fazenda é o chamado agronegócio, no entanto, tudo baseado em baixos salários, uso intensivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas e “etc”, (não sei explicar o etc.).
Existem, por exemplo, inúmeras denúncias de agrônomos e cientistas dos estragos que a implantação da soja vem fazendo nos biomas da natureza do cerrado e da Amazônia. E vem uns “caras” falar mal da agricultura familiar, chamando de “agronegocinho” para aqueles que precisam sobreviver, e antes de tudo, respeitam o meio ambiente.
Sempre haverá unidades de produção maiores e que se dedicam à exportação, isso é bom para o Brasil, mais entendo que é uma forma avergonhada de defender o agronegócio, que devasta, polui, não paga impostos e renegociam, com o apoio do governo, suas dividas. É preciso identificar que tipo de produtor e de política agrícola o governo e a sociedade defendem, pois vemos, a cada dia, que o pequeno agricultor (a do agronegocinho) passa por dificuldades e sem apoio técnico.
O modo do agronegócio, que se estabelece, baseada em estabelecimentos agrícolas familiares, menores, que se dedicam à policultura (produzem vários produtos) de alimentos, geram empregos para milhares de pessoas, da família e de fora dela, que produzem e desenvolvem o mercado local e interno.
Li, num artigo, (não lembro onde), que na criação de médios animais, por exemplo, a produção é bem maior na agropecuária, onde envolve o pequeno produtor, sem muitas tecnologias, com manejo adequado e orientação de um Técnico em Agropecuária (formação de ensino médio), então comparamos com os seguintes dados:
Animais de médio porte: rendimentos para suínos: (Pequena propriedade - 86%) – (Média propriedade - 13%) – (Grande propriedade/agronegócio - 1%). Esses dados são do Professor Ariovaldo Umbelino Oliveira, da USP (Universidade de São Paulo), feito numa tabela de comparação.
Lembro muito bem, que quando estudava no CTUR, o Professor Josué de Castro, abordava em aulas, tais comparações. Dizia ele que a criação de suínos é uma das grandes responsáveis pelo lucro dentro de uma propriedade rural, desde que feita de forma inteligente e racionalmente conduzida. Os suínos são considerados a atividade mais rentável, pois podem ser criados de forma lucrativa dentro de pequenas chácaras. O capital inicial é relativamente baixo e a atividade supera em lucro quase todos os animais domésticos. Estes animais requerem, de certa forma, atenção, e proliferam em boa quantidade. O porco é um dos animais domésticos que mais se adapta às condições climáticas e seu rendimento em carne é muito maior em relação ao alimento que consome, além de suas características em prolificidade, rusticidade e melhorador da terra (Restitui elementos de valor por meio de suas dejeções)
Ai, “siesqueci” dos intelectuais! Bom e por falar neles, essa semana um deles falou mal do “agronegocinho”, pode ter até certa razão para falar do agronegócio, mais teceu uma opinião que não convenceu ninguém, talvez por falta de conhecimento, se eu estivesse lá, talvez cairia da cadeira ou ia ser uma “briga” feia, pois se tivesse ele, os professores que tive não falava besteiras em sala de aulas, e olha que as aulas era de Ensino Médio.

19 de fevereiro de 2009

A Mecanização Agrícola - A legislação na questão ambiental


Foto: A esquerda Professor "Ricardinho" (Mestre Ricardo Albieri), - Diretor eleito do CTUR/UFRRJ - em evento na Rural

A mecanização agrícola tem como objetivo o emprego adequado dos equipamentos e máquinas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades agropecuárias, com a racionalização dos custos e a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente.
Dentre as atividades na utilização de máquinas na agricultura, é preciso o conhecimento pleno do funcionamento, tais como: A Seleção de máquinas e equipamentos; constituição, uso, regulagens e manutenção das máquinas e equipamentos para o manejo físico dos solos, plantio direto, adubação, semeadura, plantio, transplantio, cultivo, aplicação de adubos, corretivos, produtos químicos e colheita; O planejamento dos custos nas operações agrícolas mecanizadas, além da otimização, principalmente, da tração animal nas pequenas propriedades rurais é fundamental para a agricultura familiar.
O papel das pequenas propriedades rurais, na produção agropecuária do Brasil é de grande importância. A mecanização exerce papel fundamental, nestas propriedades, para garantir maior produtividade e qualidade dos serviços. No entanto, não é lícito ignorar alguns aspectos menos positivos, também decorrentes da motomecanização que, pela sua importância, merecem algumas reflexões de caráter econômico e ambiental.
Não conhecemos o quantitativo do volume de óleos queimados provenientes das atividades agrícolas mecanizadas no Brasil, é possível estimá-lo em vários milhões de litros por ano, pelo que a questão da sua reciclagem se afigura da maior importância, na medida em que se trata de matéria altamente poluente, tornando-se imperativo que sejam criadas as condições necessárias ao cumprimento de alguma legislação vigente. As emissões de CO2 para a atmosfera têm sido matéria de discussões por ambientalistas, não se nota na atividade agrícola como um agente decisivo nesta matéria, ao contrário do que se passa com os setores dos transportes e da indústria, o que não significa que a agricultura, mesmo a de pequena produção, não tenha que assumir a sua parte em termos de minimização dos seus efeitos nocivos.
Quando aluno do CTUR/UFRRJ, ouvia o Professor “Ricardinho” (Mestre Ricardo Albiere), em suas aulas de Mecanização Agrícola, relatos em pequenos tópicos sobre a questão ambiental, logicamente, era assunto mais extenso, os módulos temáticos eram curtos, no entanto, sempre nos chamou atenção sobre esse assunto. Mais falar sobre a legislação, não era o seu papel, e sim, do professor de Gestão e Legislação, que na verdade não mostrava conhecimento sobre o assunto, pelo menos em nossa época como aluno, uma pena! Hoje, vemos o quanto é importante esses assuntos, principalmente o conhecimento das leis, tais como, a LEI Nº 8.171, DE 17 DE JANEIRO DE 1991.



(Reeditado por incorreções na publicação anterior)

12 de fevereiro de 2009

TROTES - MULA MANCA II


Apesar das tradições estudantis, a cada ano letivo fica provado que o trote é um crime bárbaro e fraqueza de espírito para quem pratica ou apóia, as conseqüências são catastróficas.
Parece-nos, mesmo as instituições não permitindo essa prática, veteranos “criminosos” insistem a humilhar com agressões físicas os calouros, fazendo até mesmo, mutilações irreversíveis. O ano de 2009, apesar dos inúmeros casos (graças a Deus), não fez vitima fatais.
Em 1980, Carlos Alberto de Souza, de 20 anos, calouro do curso de Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (SP), morreu de traumatismo crânio-encefálico, Em 1990, o calouro George Mattos, de 23 anos, morreu de uma parada cardíaca. Em 22 de fevereiro de 1999, o calouro de Medicina Edison Tsung Chi Hsueh morreu afogado em uma piscina.
É preciso que além das denúncias feito pelas vítimas, que as autoridades punam severamente esses criminosos, e que sejam banidos das instituições, não importa a idade, pois existem casos em cursos de ensino médio regular e técnico. Ficaria aqui cansativo, em enumerar e citar nomes de vítimas devido à avalanche de casos nesse ano de 2009.
Segundo Van Gennep, criador do conceito, os ritos de passagem podem ser classificados em três grupos principais: Separação (funerais); Agregação (casamento); Margem (iniciação). Conforme indica, "as fronteiras entre tais ritos não são estanques, e sim dinâmicas; um comumente,implica um outro" (Van Gennep, 1978, p. 31). Portanto, do ponto de vista da antropologia cultural, o trote se classifica como um rito de passagem de margem e permite que sejam extraídas quatro conclusões preliminares (Vasconcelos, 1993, p. 14-15): O trote é um cerimonial que está entranhado no seio da cultura acadêmica; O caráter iniciático do trote é confirmado por todos os seus participantes; O trote representa um ritual de violência e agressão contra o calouro; O trote é um rito de passagem às avessas, representando uma prática oposta aos valores humanistas da universidade. Para finalizar, da mesma forma, denominar o calouro de bixo (ou bixete, se for mulher), parece querer indicar "que o calouro deve ser humilhado a ponto de nem mesmo merecer que a palavra bicho seja escrita corretamente" (Zuin, 2002, p. 44).
Diante disso, nossa opinião, para os que insistem, ainda, nessa grotesca brincadeira de mau gosto, são fracos de espírito ou verdadeiros MULA MANCA.



Em 21 de Março de 2008, fizemos comentários sobre esse assunto, veja o conteúdo em MULA MANCA, disponivel em: http://senzalafelix.blogspot.com/

28 de janeiro de 2009

Achatina fulica, que bicho é esse?

O rápido avanço do caramujo gigante africano (Achatina fulica) no Brasil parece não preocupar as autoridades sanitárias, que já identificaram infestações do molusco em todos os estados, principalmente em área urbana. O Achatina fulica, que foi introduzido ilegalmente no Brasil inicialmente no estado do Paraná há cerca de 20 anos atrás como alternativa econômica ao escargot (Helix aspersa), acreditem, por um servidor de uma Secretaria de Agricultura. A preocupação tem forte motivo: o caramujo, também chamado falso escargot, pode transmitir a angiostrongilíase abdominal, uma doença grave que, em estágio avançado, provoca perfuração no estômago, com vários casos de morte registrados no país.
Esta espécie de molusco representa uma forte ameaça a agricultura porque devora plantações de hortas e pomares( conforme ilustra a foto em plantação de mamão), se reproduz rapidamente e é de difícil controle, já que não possui predador natural no Brasil. Também na alimentação para animais, pois podem facilmente alastra-se e ficarem escondidos em pastagens e usar como seu alimento, diversas forrageiras, principalmente as leguminosas. Na agricultura familiar e de pequenos produtores, onde, por desconhecimento, podem manipular e até mesmo consumir como alimento.
Devido ao seu sucesso reprodutivo, ele tornou-se uma terrível praga agrícola, alimentando-se vorazmente de diversos vegetais de consumo humano, e por isso um parecer técnico 003/03 publicado pelo IBAMA e pelo Ministério da Agricultura em 2003, que considera ilegal a criação de caramujos africanos no país, determina a erradicação da espécie e prevê a notificação dos produtores sobre a ilegalidade da atividade.
No combate ao caramujo, primeiro é preciso identificar corretamente o caramujo africano para não haver qualquer confusão com as espécies nativas, posteriormente pegamos o exemplar com luva ou saco de plástico para evitarmos o contato direto com ele, e colocar sal ou cloro sobre o mesmo; também evitar esmagá-lo, e não devemos esquecer-nos de destruir seus ovos no solo com uma vassoura de grama. Quando chove muito numa região infestada, é comum observarmos os caramujos subindo as paredes, sendo, então, uma boa oportunidade para destruí-los.
Como foi um erro técnico gravíssimo e imperdoável, demonstra que é preciso em qualquer tipo de criação, a presença de um técnico (qualificado) para as devidas orientações, mesmo antes de implantar um projeto.
Há inúmeras matérias, tanto em revistas e jornais, como na internet, ilustrando a presença de desse nocivo molusco. Mais o que nos preocupa, é a falta de uma maciça campanha de orientação em área agrícola, onde pequenos agricultores são desprovidos de informes e notícias, pois nos grandes centro a mídia fica voltada para o Aedes aegyptis, transmissor da dengue, que sua infestação não foi um erro técnico, e sim, um erro da população urbana, por não se prevenir. Aliás, parece que o caramujo africano não dar votos, ainda.


Conheça o caramujo africano.

Clique em: http://www.pragas.com.br/noticias/destaques/caramujo_g_africano.php

21 de janeiro de 2009

CRIAÇÃO DE AVESTRUZ - A Estrutiocultura no Brasil


A criação de avestruz ainda é um bom negócio? A atividade foi implantada no Brasil há pouco mais de dez anos atrás, e nasceu com uma promessa de criação que não teria a necessidade de grandes espaços de terra, investimentos baixos e retornos rápidos, que maravilha! Tenho feito várias pesquisas na internet sobre a atividade da Estrutiocultura, há bem pouco tempo atrás a estrutiocultura, (criação comercial de avestruz), era apresentada como o empreendimento do século, por ser até então, apresentada uma atividade da agropecuária, com baixos custos para iniciação e produção, altos índices de produtividade, ainda mais quando comparada com a pecuária e retornos financeiros bem atrativos. Sinceramente não vi nada de animador nessa atividade, comparado a outros tipos de criação, que exige baixo custo, porém atualmente, notei em minhas pesquisas, que alguns anos de experiências, muitos foram os percalços e questionamentos do inicial
Pelo que vejo, muitos criadores iniciaram suas criações baseadas nessas promessas e infelizmente hoje estão colhendo ao contrario dos lucros prometidos, grandes prejuízos.
Creio que mais uma vez o problema principal para o insucesso desse empreendimento seria inicialmente a falta de pesquisa de mercado e um plano adequado de negócios, para conhecimento real do potencial da estrutiocultura, os valores apresentados para o escoamento da produção, principalmente o preço do quilo da carne a ser vendida ao consumidor brasileiro era irreal, comercializada a absurdos, em torno de 120 reais o quilo, num país onde o salário mínimo é de um pouco mais e 400 reais.
Hoje o Brasil se tornou um celeiro da criação de avestruz, porém somente como estoques de aves, pois a comercialização das mesmas atingiu números bem perto de zero, fazendo com que os atuais criadores ficassem sem expectativa de venda da produção atual, e ainda sem condições de continuar com a criação, fazendo com que a estrutiocultura se transformasse de um sonho de grandes lucros para uma grande ilusão ou pior um grande pesadelo de prejuízos.
Há vários sites na web oferecendo propostas mirabolantes para esse tipo de criação, mais é preciso ter cuidado, pois a estrutiocultura exige conhecimento técnico, e muito desses sites oferecem cursos on-line e isso não é bom.
A estrutiocultura encontra-se regulamentada pela Instrução Normativa Conjunta número 2 de 21 de fevereiro de 2.003, que aprova o Regulamento Técnico para Registro, Fiscalização e Controle Sanitário dos Estabelecimentos de Incubação, de Criação e Alojamento de Ratitas.
Antes de adquirir suas aves é fundamental que o interessado verifique a possibilidade técnica e física para a instalação de seu criatório.
As instituições (Colégios Agrícolas), que ministram cursos em Agropecuária devem conter em seus programas um mínimo de ensinamento para a atividade da estrutiocultura.
Veja todo o manejo em nosso blog (lateral cinza) “CRIAÇÂO DE AVESTRUZ”

Associação dos criadores de avestruzes do Brasil: http://www.acab.org.br/

17 de janeiro de 2009

Persistência...

A História tem demonstrado que os mais notáveis vencedores normalmente encontraram obstáculos dolorosos antes de triunfarem. Eles venceram porque se recusaram a se tornarem desencorajados por suas derrotas (B. C. Forbes). Até aqui, eu já me considero um grande vencedor e por minhas conquistas devo gratidão.
Nenhum dever é mais importante do que a gratidão. Tínhamos um dever, o dever de aprender, mais precisávamos de ensinadores. Mas porque agradecer? Todos deveriam cumprir os seus deveres, de ensinar. Não vamos aqui citar os nomes de meus ensinadores, pois, poderíamos cometer injustiça somada à ingratidão.
Pensava eu que conhecia tudo nessa vida, mais que nada, tínhamos muito a aprender. “Aqueles” ensinadores nada mais faziam do que suas obrigações, aliás, está ali pra isso, simplesmente ensinar, apenas suas obrigações. Mais foram mais além, transmitiram não só sabedoria, mais também respeito, confiança, paciência com persistência, com isso, sem perceberem, talvez, deram lições de vidas também.
É possível alguém aprender, tudo, não importa a idade, o ser humano tem essa capacidade, de aprender sempre! Sem delongas e incansáveis justificativas, coloco aqui minha gratidão.
Por longos 25 anos abandonamos os estudos, sem até, concluir o ensino médio. Precisávamos de realizações, tanto cultural, como capacitação profissional. E quando decidimos retomar os estudos, também era necessária uma qualificação profissional, e a área de agricultura era a nossa meta.
Quando ingressamos no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR), nosso intuito, era tão somente concluir o curso e entrar no mercado de trabalho. Mais lá, durante o curso, fomos mais além. Tivemos a liderança da turma por quatro vezes (talvez inédito), logicamente de forma democrática; por concurso de seleção chegamos a Monitoria, conseguimos o respeito, tanto de colegas estudantes, tanto como dos professores. Na convivência e cumprindo as nossas obrigações estudantis, chegamos até em cerimônia de formatura, ser orador. Uma realização! Completamente. Aprendemos tudo o que deveríamos aprender dentro do programa do curso e aprendemos muito mais, paralelamente me foi oferecido respeito, sabedoria e confiança. Tanto foram as oportunidades, que a cada dia precisávamos corresponder dignamente o que nos era ensinado. Os esforços foram tantos, que chegamos até esse Blogger, para compartilharmos o que aprendemos o que vamos e ainda falta por aprender.
Perto de alcançar 5 mil visitas, nosso blog (Site) “Técnico em Agropecuária”, contém conteúdos aprendidos, fotos do período do desenvolvimento e atividades do curso, além de “Links” e atalhos correlatos, para que os visitantes possam usufruir, num único espaço, daquilo, que levamos mais de três anos, em incansáveis e numerosas fontes, para reunir.
Agradeço aqui aos meus “ensinadores” e visitantes desse Site. E nos desculpamos pela “Persistência”.

João Felix Vieira – Técnico em Agropecuária Orgânica
CREA-RJ 2009 100.491

14 de janeiro de 2009

CTUR TERÁ NOVOS "BIXOS" - Bem vindos a Senzala


 
Saldamos e parabenizamos os novos "bixos" classificados no concurso de seleção do Colégio Técnico da Universidade Rural.





TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ORGÂNICA (Externa)
Candidatos:

1º VICTOR VINÍCIUS AUGUSTO DA SILVA - com 73, 0 pontos;
2º FELIPE DE ANDRADE CONSTANCIO - com 65,0 pontos;
3º BRUNA FREITAS DA SILVA - com 61,0 pontos.

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ORGÂNICA (Mat. Única)


Candidatos:

1º JESSICA GARCIA DIAS DA SILVA - com 82,0 pontos;
2º LUANE FAUSTINO COSTA - com 82,0 pontos
3º KEZIA SENNA EMYGDIO - com 80,0 pontos.

Vejam classificação completa na RELAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS E CLASSIFICADOS (O arquivo está em formato PDF), pagina 9 e 12.


Disponível em:

http://www.ctur.ufrrj.br/classificacaofinal09.pdf


Parabéns a todos, novos rumo novos tempos.

6 de janeiro de 2009

Tempo “doido”, o aquecimento global pode afetar a agricultura

Mudanças climáticas previstas para as próximas décadas como resultado do aquecimento global vão colocar em risco a produção agrícola no Brasil, dizem os estudiosos. Nesses estudos de pesquisadores, prevêem que o aumento da temperatura no país vai diminuir a área favorável aos cultivos de soja, café, milho, arroz, feijão e algodão, podendo levar a um prejuízo de quase R$ 8,0 bilhões até 2020. As exceções são para a cana-de-açúcar, que terá espaço para se expandir e até dobrar a produção, e a mandioca, que, apesar de perder espaço de cultivo no Nordeste, poderá ser plantada em outras regiões do país. Os resultados sugerem que a geografia da produção agrícola brasileira vai mudar nos próximos anos, e, para evitar danos maiores ao desenvolvimento do país, é preciso começar a agir desde já.
É preocupante tal relatório, a agricultura é uma das responsáveis pelo aumento de temperatura: as emissões do setor, somadas ao desmatamento para a conversão de terras para o cultivo, representam algo entre 17% e 32% de todas as emissões de gases do efeito estufa provocadas por atividades humanas. É justamente a derrubada de florestas que coloca o Brasil na posição de quarto maior emissor de gás carbônico do mundo
Tais assuntos devem ser levados para dentro das salas de aulas, não somente nos colégios agrícolas, mais no geral. Estudantes de agropecuária (nível médio) podem também não se “ligarem” com assuntos tão “chatos”, e disciplinas em muitos cursos, é ministrado tão somente para o básico para o manejo de animais, e os alunos só vão se “ligar” e conhecer o assunto quando optarem por curso superior, agronomia por exemplo.
É preciso que o jovem estudante possa se Identificar com a leitura e pesquisa na área de ciências naturais e da terra, e tais relatórios publicados, debatidos incansavelmente em sala de aula, pode contribuir muito no aprendizado de outras disciplinas.
Lembro por exemplo, que quando estudante no CTUR, na disciplina “Processamento de produtos de origem animal”, a Mestra Claudete Pereira, usava estrategicamente esse método para nós ensinar, era “chato”, mais funcionou; fazer leituras da legislação em mesa redonda com a turma, e isso, muito “abria” nossas mentes para a importância da disciplina.
Sobre o relatório do aquecimento global publicado, contém informações importantes e pode muito contribuir no reforço de aprendizado de outras disciplinas.
O relatório está disponível em:

3 de janeiro de 2009

Santa Catarina, novos rumos

A agropecuária apresenta um papel de destaque na economia catarinense, pois boa parte do setor industrial e de serviços do Estado tem na agricultura a base do seu processo produtivo. E agora, o que farão as autoridades daquela estado após as chuvas?
Notamos (atavés de noticiários) que autoridades vem se reunido para traçar soluções para pecuaristas do Vale do Itajaí, e criaram até Fórum de Solidariedade e Reconstrução das Cheias, que visa uma solução para as perdas de animais que estes produtores tiveram com as enchentes no final de 2008. Outra discussão é possibilidade de alteração de critérios de distribuição de recursos de alguns fundos ligados a agricultura.
Não podemos esquecer que o modelo agrícola adotado na região do Vale do Itajaí, desde a época da colonização, baseado no desmatamento com posterior queimada, sem respeito às áreas de preservação permanente e nenhum controle de erosão e, a partir da segunda metade do século XX, com a introdução dos adubos químicos e agrotóxicos, reduziu drasticamente a cobertura florestal, a fertilidade dos solos e a quantidade e qualidade das águas.
Até a década de 1980, a indústria madeireira exerceu forte papel na economia da região, sendo a principal responsável pela devastação das espécies nobres das florestas. A agricultura, especialmente a fumicultura, foi, e de certa forma continua sendo, grande responsável pela destruição das florestas da região.
O Vale do Itajaí foi colonizado, a partir de Blumenau, principalmente por agricultores alemães e italianos e, em menor proporção, por poloneses e portugueses. Vindos da Europa na década de 1850 e acostumados a clima, vegetação e solo totalmente diferentes, instalaram-se às margens do rio Itajaí-Açu. No interior da densa e bela floresta, viviam milhares de índios das tribos Xokleng, Kaingang e Guarani. Tanto a floresta quanto os índios foram considerados obstáculos aos objetivos e ao modelo de “desenvolvimento” almejado pelos imigrantes europeus.
Já o Alto Vale do Itajaí foi colonizado a partir do século XX, e em menos de 100 anos de “crescimento econômico” foram destruídas aproximadamente 80% das florestas da região, reduzindo várias espécies de animais e extinguindo outras localmente, como a onça-pintada e a anta. As enchentes, fenômeno secular na região, passaram a ocorrer cada vez com mais freqüência. Isso pode ser explicado pela diminuição da infiltração da água no solo e o assoreamento dos rios, resultado direto da falta de cobertura florestal – especialmente matas ciliares, do não controle de erosão e da construção e estradas e cidades.
O que as autoridades daquele estado dizem agora sobre essa questão? Pois o fato é historico.
Não vamos aqui nos aprofundar no geral sobre questões ecológicas desgovernadas ao logo dos anos. Mais o que nos chama a atenção é sobre levantamentos e relatórios de óbitos de animais ocorrido na enchente na região de Itajaí e Tijucas. Foram registrados óbitos de 1.350 bovinos, 200 ovinos e sete eqüídeos, ainda encontram-se animais desaparecidos. Somente isso?
Temos consciência de vidas humanas perdidas, que devem ser discutidas em primeiro lugar, mais “autoridades” perderem tempo em Fórum para discutirem questão agropecuária num pífio relatório, é demais!