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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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19 de fevereiro de 2010

Processamento de Produtos de Origem Animal - II

A Indústria do Couro – Abordagem sobre a história dos Curtumes
Há relatos que antes mesmo da Era Cristã os chineses dominavam a arte de beneficiamento do couro, com a fabricação de vários objetos. Os Egipcios, Babilonios e Hebreus usaram processos de curtimento do couro, bem como, os antigos gregos possuiram curtumes.
Os índios norte-americanos também conheciam a arte de curtir, fabricavam mocassins, roupas, tapetes e cabanas. Em Pérgamo desenvolveram-se, na Idade Antiga, os célebres "pergaminhos", eram usados na escrita e que eram feitos com peles de ovinos, cabrinos ou de bovinos. Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos e gibões e sapatos. A partir do século VIII, os árabes introduziram na Península Ibérica a indústria do couro artístico, tornando famosos os couros de Córdova.
Desde o inicio da humanidade, se tem notícias de tratamento de peles e couros, algumas pela simples desidratação, processo simples onde se utiliza algum tipo de sal para auxiliar este sistema, como também pelo processo químico do curtimento. Atualmente a substância mais utilizada pelos curtumes, são o cromo e o aluminio, nessa escolha se dá pela maior agilidade no processo de curtimento, barateando os custos dos curtumes de maior porte.
A poluição causada pelos curtumes sempre se relacionou diretamente numa grande geração de efluentes liquidos e de resíduos sólidos, que provoca a contaminação do solo e das aguas, além da geração de odores, causando elevado impacto ambiental. Os curtumes são industrias que empregam grandes quantidades de água limpa, uma vez que todos os processos ocorre em meio aquoso (exemplo: o píquel, anterior a purga).
A que se pensar sobre os impactos ambientais. Em nossas leituras, vimos que, segundo Buljam (1995), são empregados em média 30 mil litros de água por tonelada de peles salgadas, que geram 250 km de couros curtidos, ou seja, a relação empregada de água, pele salgadas e couros produzidos é de 120:4:1. A produção mundial de peles bovinas, segundo a FAO (2001) só no ano 2000 a produção foi de 5,8 milhões de unidades.
Os resíduos dos diversos processos são muitas vezes eliminados sem tratamento nos sistemas de galerias das cidades ou em muitos casos diretamente em esgotos abertos ou cursos de água, além também de descarregadas diretamente em terrenos agrícolas, com a intenção de eliminar os resíduos e simultaneamente irrigar e fertilizar os solos.
Sobre a importância econômica, não vamos entrar no mérito, apenas recomendamos uma boa leitura na Circular Técnica nº 33 - Aspectos qualitativos do couro de novilha orgânica do Pantanal Sul-Mato-Grossense, disponível em:  http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct33/index.htm 
 
Artefatos de couro


7 de fevereiro de 2010

Processamento de Produtos de Origem Animal - I

Os Matadouros
“Só é permitido o abate de animais de açougue por métodos humanitários utilizando-se de previa insensibilização, seguido de imediata sangria”.
O que está em destaque é apenas um item das complexas leis que regulamenta o Processamento de Produtos de Origem Animal, sem contar ainda, com os preceitos religiosos, que estão inclusos nas regulamentações, bem como, o esgotamento dos recursos hídricos.
Logicamente não vamos aqui citar nem nos estender nas Leis, cabem aos leitores ou interessados no assunto, se aprofundarem no tema. Alunos que tem essa disciplina em seus cursos devem ficar atentos, pois muitas das vezes, os professores fazem alusão apenas o que preceitua as leis, mais que na verdade, a complexidade da matéria e outras obrigações estudantis, bem como a falta de visitas técnica, não deixam perceber ou entender a demanda nociva ao meio ambiente provocados por estabelecimentos de abates. Somente cursos específicos como os dos Técnicos em Processamento de Carnes ou similar, talvez possam está mais perto da realidade, pois em suas atividades do curso, são debatidos, assistidos e o cumprimento das leis é a principal matéria, além é claro, das inúmeras visitas técnicas em estabelecimentos Processadores, Industrializadores e de Abates.
A falta de fiscalização nos estabelecimentos não só envolve a falta de profissionais em órgãos fiscalizadores (isso nos grandes centros), pois em longínquas regiões do Brasil, envolvem também as questões sociais. Muitos estabelecimentos de abates, são clandestinos e é a única fonte de renda da população desses locais, então, além da falta de fiscalização, há a manipulação política e repressão dos donos desses estabelecimentos.
Além do grande perigo para a saúde da população consumidora dos produtos de origem animal, há o grandíssimo malefício ao meio ambiente. Os locais de abate variam de simples pranchas de abate até matadouros muito modernos. Nos matadouros clandestinos, os animais são abatidos, a seguir o sangue, o couro ou pele, órgãos internos são retirados. A carcaça é cortada e transformada em diferentes produtos através de: cortes, cura, embalados ou enlatamento. São produzidas grandes quantidades de despojos comestíveis e não comestíveis. A maior parte destes produtos poderia sofrer processamento e ser utilizados, mas isto nem sempre acontece. Os subprodutos são frequentemente desperdiçados e atirados ou descarregados nas águas de superfície ou deixado a céu aberto, causando impacto ambiental.
No processo de abate, os seguintes subprodutos e resíduos ficam disponíveis: (1) estrume, conteúdos do rúmen e intestinos; (2) produtos comestíveis como o sangue e fígado; (3) produtos não comestíveis como pêlo, ossos e penas (no caso da avicultura); (4) gordura retirada das águas residuais; e (5) águas residuais. Do ponto de vista econômico e ambiental muitos destes produtos residuais poderiam ser transformados em subprodutos úteis (para consumo humano, comida para animais de companhia, indústria de rações ou fertilizantes). Abate feito em más condições, falta de equipamento para processamento dos subprodutos, pequena quantidade de subprodutos e baixo valor final contribuem para a produção de resíduos dos matadouros. O uso liberal da água leva a grandes quantidades desses residuos. A descarga direta de águas residuais não tratadas nas águas superficiais ou no sistema público de esgotos causa maus cheiros, água pobre em oxigênio e problemas sanitários e ambientais.
A má gestão dos resíduos dos Processos de Processamentos provoca: Descargas de Compostos Orgânicos e Inorgânicos, Solúveis e Insolúveis nas Águas Residuais (Os resíduos deste processo são muitas vezes eliminados sem tratamento nos sistemas de esgotos públicos, ou em muitos casos diretamente em esgotos abertos ou cursos de água, bem como, são também descarregadas diretamente em terrenos agrícolas, com a intenção de eliminar os resíduos e simultaneamente irrigar e fertilizar os solos); Eliminação de Resíduos Sólidos (Como alternativa os resíduos sólidos são por vezes usados como entulho e não incinerados. O resultado final é geralmente o mesmo, já que os compostos orgânicos se infiltram nos sistemas aquáticos) e finalmente, Descarga de Resíduos Tóxicos (O problema dos resíduos tóxicos é particularmente significativo para as fábricas de curtumes),
O assunto sobre Os Curtumes fica para a próxima postagem. O mais importante e uma das maiores preocupações para o Processamento de Produtos Animais é sobre Esgotamento dos Recursos Hídrico, (água doce potável). A procura de recursos de água doce está em aceleração, e a competição por água é uma preocupação crescente para os planificadores e políticos. Presentemente 70% da água extraída em todo o mundo são usadas pela agricultura, enquanto que 20% são usadas na indústria e apenas 10% é usada para consumo nas cidades. É ou não é uma preocupação? Existem um cem números de situações técnicas sobre a questão de processamentos, e uma delas é o uso de água na Produção Animal Industrial e nos Sistemas de Processamentos.
As necessidades de água para consumo pelos animais de produção em unidades industriais, e para manter as instalações de produção limpas e em condições higiênicas, são consideráveis, visto que as instalações de produção estão quase sempre próximas de centros urbano-industriais, estas necessidades estão em competição direta com as necessidades da indústria e abastecimento municipal e qualquer descumprimento das leis, afetará diretamente o consumidor final desses produtos. E nunca esquecer que o Professor Estrella, categorizava e insistia, para que não esquecessemos nunca, a água como bem social e direitos humanos.

Irregular

Regular
Palestra apresentada em aulas sobre Produtos de Origem Animal (2006) e Legisção sobre abates de bovinos. Disponiveis em:






4 de fevereiro de 2010

Processamento de produtos de origem animal

Como cumprir e fazer cumprir os preceitos das Leis de forma a proporcionar à população, uma oferta de produtos de origem animal com qualidade higiênica sanitária apropriada ao consumo humano? Pois é! Era o que a Mestra Claudete Pereira nos chamava atenção, em suas aulas de Processamento de Origem Animal.
Quando formava “mesa redonda” com os alunos, para fazerem leituras e discussões sobre a matéria, ela falava sempre da importância dos estabelecimentos que abatem animais ou processam derivados e que realizam comercialização, que deverão ser obrigatoriamente registrados e inspecionados pelos serviços de inspeção sanitária e obedecendo aos preceitos da legislação. De todas as leis, decretos, portarias e regulamentos, a Mestra Claudete dava ênfase ao Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado do Rio de Janeiro, o RIISPOA/RJ (Decreto nº 38.757 de 25/01/2006), bem como a Portaria nº 368 de 04/09/1997 que é o Regulamento Técnico Sobre as Condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
Naquela época, mesmo com as cansativas discussões, ficávamos restritos apenas as leituras para o que rogava a legislação, até porque o módulo era curto e tínhamos outras tarefas, o aprofundamento da matéria, talvez, poderia ficar a cargo de cada aluno para melhor entender na prática, a real situação dos estabelecimentos, mais não tivemos essa oportunidade, pois sequer visitamos um para levar discussão para a sala de aulas, aliás, nem sequer tínhamos um espaço especifico para praticar essas boas práticas de processamento de produto.
A transformação de produtos de origem animal para consumo humano (carne e laticínios) ou para outras necessidades humanas leva inevitavelmente à produção de resíduos. O processamento é feito frequentemente em pequena escala, daqui resultando apenas pequenas quantidades de resíduos que não causam problemas ambientais sérios. Em consequência da ênfase crescente dada à produção em grande escala maiores quantidades de resíduos serão produzidos e terão que ser tomadas providências para manter esta produção em níveis aceitáveis.
Os resíduos sólidos produzidos durante o processamento são na maioria resíduos orgânicos, dependendo do produto e da situação podem ser convertidos em subprodutos úteis ou em compostos. Os compostos sólidos tóxicos necessitam de processos especiais de eliminação.
Como o assunto é extenso e complexo, e diante de vários discursos sobre o meio ambiente, postaremos em nosso blog uma série de situações que envolvem a legislação sobre Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimento Elaboradores/Industrializadores de Alimentos e fazer lembranças sobre o que a Mestra Claudete Pereira nos chamava atenção sobre essa matéria. Fiquem atentos serão três postagens sobre o assunto: Matadouros, Fábrica de Laticínios e Curtumes.
Sistema Nacional de Vigilancia Sanitaria
Confira os órgãos fiscalizadores em seu Estado, clique no link abaixo:

2 de fevereiro de 2010

Novo Layout

Era nossa vontade dá uma nova visão no blog. Então disponibilizamos enquete para que os visitantes opinassem.
66% opinaram por um novo Layout. Como já explicamos aqui, nosso Site surgiu com as dificuldades de buscar em único espaço, conteúdos relacionados com o Curso de Agropecuária Organica.
Há tendências nas dinâmicas de promoção da agroecologia, originando iniciativas futuras aos estudantes e profissionais da área agronômica e ambiental. A Agroecologia engloba modernas ramificações e especializações, como a: agricultura biodinâmica, agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica, os sistemas agro-florestais, então é natural que seguíssemos essa nova abordagem.
Para melhor “navegação” em nosso Site colocaremos links relacionados de atalhos, em todas as fotos postadas e na barra lateral, bastando levar o cursor e clicar, abrindo uma nova janela de pesquisas. Na barra superior da página, além do espaço para pesquisa personalizada, o visitante também terá notícias sobre Agropecuária e Agroecologia, abrindo outro portal sem precisar sair de nosso Site. Na parte inferior (rodapé), o visitante do blog também poderá ver notícias sobre nova Lei de Ater (Extensão Rural).
Agradecemos aos seguidores e os mais de 30 mil visitantes, que colaboraram com o sucesso de nosso Blog. Se prefeir, assine o Livro de visitas.