English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

Procure no blog o assunto

Para pesquisar um assunto de seu interesse aqui no no blog, digite uma palavra chave na tarja branca acima e clique em pesquisar.

7 de fevereiro de 2010

Processamento de Produtos de Origem Animal - I

Os Matadouros
“Só é permitido o abate de animais de açougue por métodos humanitários utilizando-se de previa insensibilização, seguido de imediata sangria”.
O que está em destaque é apenas um item das complexas leis que regulamenta o Processamento de Produtos de Origem Animal, sem contar ainda, com os preceitos religiosos, que estão inclusos nas regulamentações, bem como, o esgotamento dos recursos hídricos.
Logicamente não vamos aqui citar nem nos estender nas Leis, cabem aos leitores ou interessados no assunto, se aprofundarem no tema. Alunos que tem essa disciplina em seus cursos devem ficar atentos, pois muitas das vezes, os professores fazem alusão apenas o que preceitua as leis, mais que na verdade, a complexidade da matéria e outras obrigações estudantis, bem como a falta de visitas técnica, não deixam perceber ou entender a demanda nociva ao meio ambiente provocados por estabelecimentos de abates. Somente cursos específicos como os dos Técnicos em Processamento de Carnes ou similar, talvez possam está mais perto da realidade, pois em suas atividades do curso, são debatidos, assistidos e o cumprimento das leis é a principal matéria, além é claro, das inúmeras visitas técnicas em estabelecimentos Processadores, Industrializadores e de Abates.
A falta de fiscalização nos estabelecimentos não só envolve a falta de profissionais em órgãos fiscalizadores (isso nos grandes centros), pois em longínquas regiões do Brasil, envolvem também as questões sociais. Muitos estabelecimentos de abates, são clandestinos e é a única fonte de renda da população desses locais, então, além da falta de fiscalização, há a manipulação política e repressão dos donos desses estabelecimentos.
Além do grande perigo para a saúde da população consumidora dos produtos de origem animal, há o grandíssimo malefício ao meio ambiente. Os locais de abate variam de simples pranchas de abate até matadouros muito modernos. Nos matadouros clandestinos, os animais são abatidos, a seguir o sangue, o couro ou pele, órgãos internos são retirados. A carcaça é cortada e transformada em diferentes produtos através de: cortes, cura, embalados ou enlatamento. São produzidas grandes quantidades de despojos comestíveis e não comestíveis. A maior parte destes produtos poderia sofrer processamento e ser utilizados, mas isto nem sempre acontece. Os subprodutos são frequentemente desperdiçados e atirados ou descarregados nas águas de superfície ou deixado a céu aberto, causando impacto ambiental.
No processo de abate, os seguintes subprodutos e resíduos ficam disponíveis: (1) estrume, conteúdos do rúmen e intestinos; (2) produtos comestíveis como o sangue e fígado; (3) produtos não comestíveis como pêlo, ossos e penas (no caso da avicultura); (4) gordura retirada das águas residuais; e (5) águas residuais. Do ponto de vista econômico e ambiental muitos destes produtos residuais poderiam ser transformados em subprodutos úteis (para consumo humano, comida para animais de companhia, indústria de rações ou fertilizantes). Abate feito em más condições, falta de equipamento para processamento dos subprodutos, pequena quantidade de subprodutos e baixo valor final contribuem para a produção de resíduos dos matadouros. O uso liberal da água leva a grandes quantidades desses residuos. A descarga direta de águas residuais não tratadas nas águas superficiais ou no sistema público de esgotos causa maus cheiros, água pobre em oxigênio e problemas sanitários e ambientais.
A má gestão dos resíduos dos Processos de Processamentos provoca: Descargas de Compostos Orgânicos e Inorgânicos, Solúveis e Insolúveis nas Águas Residuais (Os resíduos deste processo são muitas vezes eliminados sem tratamento nos sistemas de esgotos públicos, ou em muitos casos diretamente em esgotos abertos ou cursos de água, bem como, são também descarregadas diretamente em terrenos agrícolas, com a intenção de eliminar os resíduos e simultaneamente irrigar e fertilizar os solos); Eliminação de Resíduos Sólidos (Como alternativa os resíduos sólidos são por vezes usados como entulho e não incinerados. O resultado final é geralmente o mesmo, já que os compostos orgânicos se infiltram nos sistemas aquáticos) e finalmente, Descarga de Resíduos Tóxicos (O problema dos resíduos tóxicos é particularmente significativo para as fábricas de curtumes),
O assunto sobre Os Curtumes fica para a próxima postagem. O mais importante e uma das maiores preocupações para o Processamento de Produtos Animais é sobre Esgotamento dos Recursos Hídrico, (água doce potável). A procura de recursos de água doce está em aceleração, e a competição por água é uma preocupação crescente para os planificadores e políticos. Presentemente 70% da água extraída em todo o mundo são usadas pela agricultura, enquanto que 20% são usadas na indústria e apenas 10% é usada para consumo nas cidades. É ou não é uma preocupação? Existem um cem números de situações técnicas sobre a questão de processamentos, e uma delas é o uso de água na Produção Animal Industrial e nos Sistemas de Processamentos.
As necessidades de água para consumo pelos animais de produção em unidades industriais, e para manter as instalações de produção limpas e em condições higiênicas, são consideráveis, visto que as instalações de produção estão quase sempre próximas de centros urbano-industriais, estas necessidades estão em competição direta com as necessidades da indústria e abastecimento municipal e qualquer descumprimento das leis, afetará diretamente o consumidor final desses produtos. E nunca esquecer que o Professor Estrella, categorizava e insistia, para que não esquecessemos nunca, a água como bem social e direitos humanos.

Irregular

Regular
Palestra apresentada em aulas sobre Produtos de Origem Animal (2006) e Legisção sobre abates de bovinos. Disponiveis em:






Um comentário:

  1. Também sou um técnico em agropecuária com bastante orgullho

    Trabalho numa Escola Agrícola aqui no Norte do Piaui, como coordenador de produção e monitor - professor de administração rural, empreendedorismo e elaboração de projetos), Me formei em 1989 em Anchieta - EFA de Olivânia, no Estado do Espírito Santo.

    Queria parabenizá-lo pelo http://tecnicoemagropecuaria.blogspot.com/, legal, muito bom e importante para os técnicos e para as pessoas que vivem e gostam do campo.

    Em nosso blog da EFA: http://efacocaispiaui.blogspot.com/ nós estamos ainda aprendendo... dê sua opinião sobre nosso blog... Você tem 50 anos eu tenho 41 anos, ainda tenho muito que aprender....


    Antonio Francisco

    ResponderExcluir