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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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7 de maio de 2011

Novas andanças: Tração animal – (Parte III)

Nossa visita no ponto de charretes de passageiros - Município de Queimados/RJ

Antes mesmo de expor aqui a nossa visão da importância econômica dos Carroceiros e Charreteiros, devemos antes de tudo, fazer algumas citações para melhor ilustrar o que vamos mostrar nas próximas postagens em relação à utilização dos Equídeos como “ferramenta” de trabalho.

Como afirma o Professor Otavio Domingues (Introdução a Zootecnia, 1960), os animais domésticos vivem e se multiplicam graças às funções fisiológicas peculiares aos órgãos de que são constituídos, e algumas dessas funções podem ser utilizadas pelo homem, que passou a tirar delas determinado proveito. Essa função resulta de uma utilidade ou serviço para o homem ao longo dos tempos, desde a sua inicial existência, são chamadas funções produtivas ou funções econômicas, ou ainda, funções zootécnicas.
A função econômica ou produtiva, nada mais é do que uma função que dá margem a uma utilidade para proveito do homem. Hoje, através do avanço da ciência, respeita-se o bem estar animal, ampliando mais a utilidade do próprio animal e também ao homem. Um bom exemplo, a função da qual resulta a força motriz.
É o caso do aproveitamento do Cavalo, do Jumento e seus híbridos. Dos híbridos, os Muares como “motor vivo” para transporte ou tração. Além desses, o Boi, o Búfalo, o Camelo, a Rena e até o Cão em menor escala são empregados.

O Professor Valter Barbosa de Oliveira (Muares: Tema Transversal para o Ensino Médio e Técnico em Agropecuária, 2ª Edição – 2007) – A pluralidade cultural com os muares - Propõe a possibilidade de desenvolver uma educação com valores culturais regionais no ensino médio de nível técnico, pois é impregnada a matéria dos saberes. Dentro de um estudo multidisciplinar pode-se, por exemplo, fazer um planejamento onde a interdisciplinaridade e transversalidade proporcionem uma abordagem sobre os muares como tema transversal juntamente com as disciplinas do ensino médio, utilizando exemplos práticos de assuntos relacionados, no caso, os muares. Como bons exemplos disciplinares citados: nas Ciências da Natureza, a disciplina Matemática e suas Tecnologias, podem-se desenvolver cálculos de áreas, necessárias para a construção de instalações zootécnicas, formação de pastagens, cálculos de ração para a alimentação dos animais, evolução do rebanho e volume de água consumida; Na disciplina Química, podem-se estudar as reações de fermentação durante o transporte de forrageiras; na disciplina Física, pode-se conceituar e exemplificar os movimentos de força na tração, carga e serviços, o efeito do calor da radiação solar sobre o leite transportado em carroças e na área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, a disciplina Geografia pode abordar a utilização dos muares nos contrastes topográficos, sua ocupação e também o seu desenvolvimento territorial.

Na mesma contextura disciplinar, o Professor Airton Antônio Castagna (aulas de Agroecologia/Zootecnia/FAGRAM), nos explicava que a agroecologia como produção científica, surgiu (1970) como ciência multidisciplinar, preocupada com a aplicação direta de seus princípios na organização social e no estabelecimento de novas formas de relação entre sociedade e natureza. Citava André Voisin, que dizia que a agricultura é "a ciência das condições locais" (produtividade do pasto). Quem atua neste setor, em especial são aqueles com formação específica em universidades, e não podem ignorar as peculiaridades locais, sob pena de cometerem, como muitos cometem, erros derivados da pretensão de quererem ambiente, econômico e ecológico, adaptado à tecnologia e não o contrário.

Aspectos sociais devem ser considerados e respeitados, pois deles, também, propõe-se o conhecimento dos “saberes local” e a sua conexão com conhecimentos científicos, e a utilização dos equídeos, pode ser sustentável, socialmente justo e economicamente viável.

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