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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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28 de abril de 2011

Novas Andanças: Tração animal (Parte I)


Transporte e distribuição de forrageiras - Ilha de Paquetá

Temos consciência que nesta série, iremos tocar num assunto complexo, em sobremaneira, polêmico, tendo em vista, aos confrontos de opiniões de técnicos especialistas e agentes de instituições humanitárias em devesa do bem estar dos animais. Além das ações contrárias, há uma resistência a intender as necessidades de se ainda manter a utilização e o aproveitamento da força motriz de equídeos. Não somos contrários da utilização. Entendemos e respeitamos as ações contra o trabalho e utilização de animais de tração, no entanto, não podemos descartar a importância econômica das atividades. Não somos especialistas para discutir aspectos jurídicos, sociais e pedagógicos sobre o tema.
Em todo o país, a utilização de equídeos não é somente pelo grande desemprego e necessidade de alta qualificação do homem para a manutenção no mercado de trabalho, é também, por questão cultural. Sabemos que nos dias de hoje, tem-se visto aumento cada vez maior de subempregos, carroceiros e charreteiros, por exemplos. Nesta situação, é fato a “empregação” de animais como força de tração, tanto no meio rural, quanto no meio urbano, muitas vezes colocando os animais em condições inadequadas, subnutridos e mal manejados.

Para alguns, que tentam justificar e não aceitam, é uma mal necessário! É certo que não é tolerável à crueldade e os maus tratos, que por falta de orientação, proprietários colocam para trabalhar animais esquálidos e fadigados até o limite de suas forças. Outros ainda, não aceitam, a tração animal como meio legitimo de sobrevivência das pessoas pobres ou daquelas para qual no subemprego, a atividade tornou-se o único meio de vida.
Não podemos culpar somente os maus utilizadores dos animais “trabalhadores”, mais também, quem os autoriza e fiscaliza na circulação e uso. Antes mesmo de se proibir no uso, faz-se necessário à orientação técnica para o manejo. A diversidade de leis e regulamentos às vezes confundem os que apreciam ou necessitam dos animais como meio de sobrevivência. As regulamentações e fiscalizações fazem-se necessários, visando não somente a circulação, mais principalmente a sanidade e tempo de trabalho dos animais.
Além da Constitucional Federal (Artigo 225 & 1º - VII) e da Lei Federal de Crimes Ambiental nº 9605/98 (artigo 32), também podemos lembrar a Lei nº 7.291 de 19 de dezembro de 1984 (Artigo 2º “a”) - A criação de equídeo no Território Nacional compreende as medidas consideradas necessárias ao desenvolvimento das atividades agropecuárias, militares e desportivas, bem como de interesse para a economia nacional. Equídeo de serviço, aquele que se destina às lides rurais e militares, ao transporte e à tração. Existem também nos estados e municípios, distintas leis criadas que protegem os equinos dos maus tratos de seus donos. Preferimos fazer o uso do termo equídeos, pois englobam animais domesticados do gênero Equus, (equinos, asininos e os muares).
Como extensas e divergentes nas aplicações, com imposições polêmicas até, nossa série Novas Andanças – Animais de Tração, não se alongará, nem entrará no mérito dos termos das leis, pois cabe a cada um, apreciar ou contestar a aplicação de cada uma. Mostraremos nesse blog apenas como vivem e trabalham os animais (equídeos) nos municípios do Rio de janeiro (Ilha de Paquetá), Nova Iguaçu e Queimados e outros.

Transporte de materiais - Paraty/RJ

Transporte de leite (foto de Valter Barbosa de Oliveira)

Transporte alternativo - Queimados/RJ

Transporte de material de construção - Nova Iguaçu/RJ

17 de abril de 2011

Novas andanças - Ilha de Paquetá

Esses "caras" são trabalhadores da Ilha de Paquetá

Quer saber como vivem e como são tratados esses "bravos" da A'tração turistica na Ilha de Paquetá? Na próxima série de nossas novas andanças relatarei como são as instalações, o manejo, cuidados sanitários, a alimentação e a jornada de trabalho dos equínos que são utilizados no transporte de moradores e turistas nesse bairro (ilha) do Rio de Janeiro.

Andanças nas Minas Gerais (Final)


Escola abandonada em área rural de Taquaraçu de Minas

Estamos encerrando esta série de comentários sobre nossas andanças nos municípios mineiros, pois teríamos que explicar as tendências das cidades brasileiras, que assistem processos de urbanização, que parece não estar se esgotando, devido a um esvaziamento sistemático do meio rural, pois, além de extenso o assunto, não somos especialista para tal.
Das nossas andanças nas Minas Gerais, o que mais nos chamou atenção, foram às diversidades históricas e culturais. São ricos os informes dessas atividades, inclusive, são explorados incansavelmente no meio hoteleiro e turístico. Não é o foco desse blog, fazer comentários ou divulgar as atividades citadas, apenas fazemos pequenas abordagem para melhor ilustrar as nossas postagens sobre Agropecuária e Agroecologia.
Nos municípios que visitamos, como Belo Horizonte, Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Sabará, Santa Luzia e Taquaraçu de Minas, notamos que apesar das populações rurais serem maiores que as urbanas, grande parte das que residem no meio rural tem as suas atividades agrícolas inexpressíveis.
Para se ter uma idéia, em alguns municípios, a atividade rural predominante é a pecuária de leite de pequeno porte e não entram nos dados estatísticos dos órgãos específicos da atividade leiteira. Nas atividades da agropecuária e extração vegetal nem sequer chegam a 4%, como é o caso de Conselheiro Lafaiete e Taquaraçu de Minas, se por acaso, houve avanços, não são aparentes, nem tão pouco divulgados.
E isto, fatalmente, provoca uma demanda de desemprego, pela falta de assistência técnica e queda na vendas de insumos. Esses sim são nossos interesses e de estudantes que acessam o nosso blog, pois eles, são os futuros técnicos, e precisam estar atentos e serem observadores desses assuntos, para melhor atuarem como profissionais, sobre tudo, os que residem ou são naturais dessas regiões.
Recebemos inúmeros e-mails, uns contestavam as nossas opiniões, outros, manifestavam elogios. Queremos aqui esclarecer que, apesar de parecer negativas as nossas informações (da agropecuária) para as cidades citadas, são importantes essas manifestações, pois colocam em alertas os “governantes”, que devem valorizar os fatos históricos locais, incluindo também, os pequenos produtores em atividades e mantendo suas tradições familiares, colocando profissionais técnicos a disposição, para corrigir as demandas nocivas e valorizar mais os seus fatos históricos e culturais, pois, foi a falta disso, que sentimos em nossas andanças.

Visita em pequena propriedade rural - Gado de leite

Horta organica - Sabará

7 de abril de 2011

Massagre em interior de escola no Rio de Janeiro


Este blog não tem o perfil de noticiar assuntos de cunho policial. Nossas postagens estãos direcionadas tão somente para assuntos de interesses estudantis, como Agropecuaria e Agroecologia.
A tragédia acontecida com vários estudantes mortos e feridos (atingidos por tiros) dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, nos coloca solidários e tristes.

Não faremos qualquer tipo de comentários sobre a tragédia e nem tão pouco, colocadas postagens nos próximos sete dias, com respeito aos alunos mortos e os sobreviventes.

4 de abril de 2011

Taquaraçu de Minas e a qualidade do leite (Parte II)



Resolvemos logo de inicio, postar a foto acima para ilustrar o que vamos escrever neste post. Não tínhamos muito que falar deste belo município mineiro, se não, o que vimos da situação de uma meia dúzia de pequenos produtores visitados. Até porque, também, não conseguimos maiores informações conforme relatamos na postagem anterior sobre as nossas andanças em Taquaraçu de Minas (parte I). Fecharíamos a matéria neste post, mais diante dos e-mails recebidos contestando a nossa opinião sobre a qualidade do leite e seus derivados, resolvemos nos estender nesse assunto.
Quando resolvemos relatar as nossas andanças nas Minas Gerais, resolvemos antes de tudo, traçar um roteiro baseado nos assuntos da cultura local, para que facilitasse o conhecimento histórico e cultural de cada região visitada. Como nosso interesse era saber, principalmente, apenas das atividades agropecuárias, então, resolvemos não fazer uma correlação dos assuntos, técnicos e culturais.
Como o assunto aqui é a qualidade do leite e seus derivados daquela região, então para nós, o ponto de partida era o Mercado Central de BH, pois lá, centraliza toda a diversidade da cultura mineira, estampada em suas 500 lojas. E lá, foi o degrau principal, porque tínhamos a informação da existência de 29 queijarias (contamos somente 23!), iria dar a noção do que buscávamos. Além das conversas ao “pé de ouvido”, buscamos também, estudos científicos que referenciassem o assunto e encontramos (depois falaremos disso), pois em nosso entendimento, há segmentos culturais, da qual temos que procurar entender e respeitar.

A foto ao lado, aponta, mais não generaliza a cultura de uma região, é um exemplo isolado, mais pelo aspecto da necessidade familiar, do que comercial em escala. É fator preocupante no agronegócio, não restam dúvidas, pois os caminhos de produtos (artesanal) da maioria de pequenos produtores, não são rastreados individualmente (é a base), mais de forma coletiva e cooperativada, dependendo da região, e isso, o consumidor não se preocupa, porque a embalagem as vezes não garante a real origem do produto, apenas o seu distribuidor.

As fotos abaixo mostra o interior das instalações de um pequeno produtor. Todos os dias dezenas de queijos são levados (de ônibus) para ser vendidos no centro de BH.



2 de abril de 2011

Resposta aos comentários sobre o "posting" anterior: Taquaraçu de Minas e a qualidade do leite.


Pequeno protudor - Taquaraçu de Minas - 2010

Em uma ocasião, em aulas da disciplina Processamentos de Produtos de Origem Animal, a Mestra Claudete Pereira, nos apresentava toda a legislação que regiam ou regulamentavam as questões dessa disciplina. Lembro uma frase até hoje, disse ela: Melhorar a qualidade do leite não é uma opção, é um compromisso de quem produz. Cada um de nós deve fazer a sua parte, é um dever.
Acreditamos, que ela queria nos chamar a atenção da realidade do campo no que concerne a esses deveres. E dentre os variados assuntos, nossa mestra, não fugia da realidade do campo, e passava para nós, “futuros técnicos”, que deveríamos nos atentar de todas as realidades: se observadores, fazer comentários quando oportuno e aplicar os nossos conhecimentos quando necessário, mais, sempre nos preceitos das leis.
Aquele compromisso de quem produz, fugia, talvez, não na a aplicação da lei, mais para quem não conhece ou de quem não é orientado para aplicar. Essa preocupação nos acompanha sempre, mesmo não tendo o compromisso de aplicar, pois, muitas das vezes temos que fechar os olhos para todas as realidades do campo. Quando se fala na qualidade do leite, automaticamente vem a cabeça a tal IN 51, e fugimos de todas as realidades, mais não fechamos os olhos. E é assim sempre.
Daí ,para a frente, passei a ser observador dessas realidades, e quando chegamos no campo e vemos que a produção, identidade e qualidade do leite tipo C, ainda é preocupante, devido, simplesmente, a falta de orientação técnica por parte dos órgãos que deveriam, não multar ou apreender produtos, mais fazer a devida orientação e apoiar o pequeno produtor, para as adequações e oferecer um produto seguro e de qualidade.
A Instrução Normativa nº 51, desde sua publicação em 2002, a produção de leite no Brasil passou por várias etapas, com mudanças e adaptação, que terá neste ano de 2011 o fechamento do ciclo, onde quem não se adaptou corre o sério risco de sair do mercado. O pequeno produtor se adaptou? Acredito que não. Pois, basta ir a campo, para sentir a realidade da falta de logística, por exemplos, colocar a produção em risco, devido as péssimas condições das estradas, onde o transporte não consegue buscar o leite; instalações precárias ou por não se sabedor de suas obrigações legais.
Quando publicamos no post anterior, sobre as nossas andanças nas Minas Gerais e comentamos sobre a qualidade de leite de um pequeno produtor em um município mineiro, recebemos e-mails, contestando a nossa opinião, o interessante, que nenhum veio daquele município citado. Não respondi nenhum individualmente, pois não vinham de órgãos ou entidades que tratam do assunto. Um dos e-mails diz: “os produtores estão cientes de suas obrigações e estão cumprindo”. Ora, em nenhum momento aqui, quis dizer ou generalizar quem não procede ou cumpri suas obrigações.
Nos atentamos, para realidades existentes e que não são divulgados. Não temos o poder de apontar a existência de irregularidades ou o comprometimento da sanidade animal das regiões produtoras, apenas citamos um exemplo do que vimos e mostrando a nossa preocupação, afinal, também somos consumidores. Este blog, continuará a postar as suas opiniões e no próximo "posting" finalizaremos as nossas andanças em Taquaraçu de Minas, não temos que provar nada, e sim, a quem possa interessar. Abaixo fotos de locais diferentes, com as mesmas realidades e épocas diferentes.
Nos comentários da mestra, aprendemos: ser observador sempre, nos preceitos das leis, por isso seguimos os caminhos do leite.
Pequeno produtor - Norte fluminense do Rio de Janeiro - 2008

Pequeno produtor - Norte fluminense do Rio de Janeiro - 2009

Essa foto é de 2003