English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

Procure no blog o assunto

Para pesquisar um assunto de seu interesse aqui no no blog, digite uma palavra chave na tarja branca acima e clique em pesquisar.

8 de setembro de 2013

ESTRADA REAL - CAMINHOS E CAPELINHAS


Capela de Santana em 1894 - Arraial do Curral del Rei (Belo Horizonte)
Fonte: APCBA - Acervo: CCNC
Os desbravadores e viajantes para suprir suas necessidades, foram formando roças (com minguados plantios), pousos e desordenados povoados. No convívio com os povos primitivos foram impondo sua cultura, adaptando às condições naturais e sociais encontradas, interagindo com os povos nativos, gerando formas novas de se expressar, inclusive, mostrando sua fé.
Ainda ao fim do século XVIII pequenos povoados se formavam, a maioria com não mais de 30 casas cobertas de sapé (Imperata brasiliensis) e pindoba (Attalea allenii), onde se erguia uma capelinha singela, de igual cobertura, quase sempre situada à margem de um rio ou córrego.  Para se chegar até ali, iam se abrindo perigosos caminhos.

As histórias ocorridas nesses caminhos se vincularam ao ciclo do ouro, e com elas, a produção do patrimônio cultural, material e imaterial, produzido nos primeiros tempos de colonização, vindo a sacramentar a nossa belíssima História.
Ao longo desses caminhos, ainda existentes, que se tornaram Estradas Reais, podem ainda ser encontrada a maioria das capelas e igrejas construídas na época da mineração, embora apresentem modificações em suas estruturas e nos detalhes artísticos.
Não são poucas as capelas que compõem significativos cenários regionais. Algumas são imponentes, foram subsidiadas pela economia mineira para construir templos tão bem elaborados como as atuais das cidades do estado de Minas Gerais. Outras são pequeninos templos, significativos, mas que correspondem aquele modo de viver da população, muito simples, ligado praticamente a uma economia de subsistência, de beira de estrada.

Acrescido do ululante reforço da fé, aquelas erigidas de sapé e pindoba, não ostentavam esmero artístico. Segundo Tirapelli (1984) "As primeiras estruturas das igrejas desse período possuem acentuada dominância do artesanal sobre o artístico".

As capelas distribuídas ao longo do Caminho do Sabarabuçu marcam a paisagem, avivam a memória histórica e constituem parte significativa do patrimônio cultural.  Elas merecerão destaque em nossa jornada, feito a pé (180 km), e irão compor as ilustrações do livro “De Iguaçu ao Sabarabuçu,entre Velhos e Novos Caminhos”, de nossa autoria.








Literaturas lidas para compor esta postagem:

TIRAPELLI, Percival. A Construção Religiosa no Contexto do Vale do Paraíba - Estado de São Paulo. São Paulo: Dissertação de Mestrado, 1983.
ZEMELLA, Mafalda P. O Abastecimento de Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: HUCITEC,
EDUSP, 1990.
ABREU, Capistrano de. Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil. 2a. ed., Rio de Janeiro: Livraria Briguet, 1960.

Outras obras foram lidas e consultadas, entre os meses de maio e agosto de 2013:

Biblioteca Nacional – Rio de Janeiro

Real Gabinete Português de Literatura – Rio de Janeiro