Escritor Silas Fonseca - Pompéu-Sabará/MG |
Entre as idas e vindas dos sertões em buscas e transportando riquezas,
desde o século XVII, alguns caminhos foram abertos estrategicamente pela Coroa
Portuguesa, ligando antigas regiões das minas ao litoral do Rio de Janeiro,
passando ainda por São Paulo.
Constituída basicamente pelas vias de acesso, os pontos de parada, as
cidades e vilas históricas se formaram durante o passar dos homens e do tempo.
Assim é a Estrada Real e entre os Velhos e Novos caminhos, ainda é possível encontrar
riquezas: as artesanais, religiosa e literária.
Zoroastro Viana Passos, Fernando de Mello Vianna, Cândido José de Araújo Viana (Marquês de
Sapucaí), Júlio César Ribeiro Vaughan, Aníbal Monteiro Machado e Raimundo Machado de Azevedo, são nomes que se tornaram “joias” dentre tantas outras
riquezas que ajudaram a compor parte de nossa história.
Há outros, que ainda encontramos
por ai. São artesãos, que perpetuam artes e ofícios herdados dos pais e avôs;
talentosos artistas populares e contadores de histórias; cozinheiras criativas;
pintores e artistas plásticos que usam as cidades como tema.
Na estrada Real é possível encontrar
cidadãos simples, como Silas Fonseca, que para muitos, seria um comum, pois sua
singeleza não nos permite perceber o seu talento. Em nossas andanças pelas
gerais, encontramos esse exemplar, que luta para preservar importantes bens
naturais e patrimoniais, um literato e ingênito “mineirim” que transmite em prosa e poesia, culturas e costumes. Sua grandeza é enobrecida por conservar
o seu meio ambiente e os laços familiares vindos desde o “Sô Ismael”, seu pai.
Não será preciso arrancar e
sacudir tufo de mato para achar, mas assim, será a nossa jornada, a pé, os 180
km do Caminho do Sabarabuçu buscando essas riquezas.